Quero - 1941

5 ·'- 4-------~_,..._....._........-....-..~~ D.uJcis hospes Amo tanto as pombas, que o Senhor nos deu! Quando voam, leves, no infinito ar, Parecem beber, na concha azul do Ceu, A graça e a meiguice do seu arrulhar. Amo fanfo as pombas! Levou-as Maria Para resgafor seu filho pequenino ; E quando a oferenda para os Ceus subia Fez-se dela e nosso o cândido Menino. Amo fonfo as pombtls ! Lembro-me de vê-las Por Jesus poupadas, na expulsão do Tempio, Delicadas, ma~sas, como as almas belas, De que enxergo a sorte neste doce -exemplo. Dos emblemas sanfos guardais a poesia ... - Asas de bonança em barquinha ligeira, Pareceis viver, efernamenfe, o dia Em que a paz floriu num ramo de oliveira. Pombas ! Quando ides pelo azul afora, Voa afraz de vós minh'alma de exilada ; Ergue-me a saudade, que na Pãfria mora ... . . . 1\i\as, logo, na ferra cai, desengaanda ! Ah ! gentis pombinhas, não sabeis a mefa, Por que se afadigam nossos ideais! De minh'alma é oufra a Pomba Predileda, Cujo brando arrulho embala os nossos ais ... -- Tu, Pomba Divina, que de Amor abrasas, - Transbordanfe jôrro d'ínfima ternura! - Da Trindade Santa solta as foas asas, faze em mim um ninho para a. foa a lvura ! J . f. C. B. Belém-P rã-Brasil tio

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0