Quero - 1941
2 J. f . C . I'> Belém - Pará- Brasil 1 MITEMOS o BOM SAMARITANO + -+-· + + + 'r{\a\'\a t\o <:R,osa\'\O '\lc\\oa 'rt\.a\'\ i.ns + ... A caridade, virtude sóbÍ-enatural e teo logal, eleva o homem quand o êste pra tica uma boa obra com a recta intenção de servir o prox1mo, porque vê nele a imagem do Cristo, po rque sente que a ca rid ade fraterna exige o dar-se, sacrifica r-se, sofrer para que o seu se– mel ha nte sinta que no mundo há cora ções que sofrem, que sentem e qu e c o nsol a m a d_? r al heia. Há muitas es pécies de ca ridade. Nao é só a moeda que atiramos à mão do mi~e– ravel que se chama caridade. Ás vezes , temos a mão vazia de moedas ma s o coração rico de boa vontade, e, ass im, podemos amparar muito e muito o nosso próximo . A ca ridade repousa no amor. Santo Toma z diz: ''O amo r com que amamos o próximo é da mesma es– pécie que o amor com que amamos a Deus" . Há almas que transbordam de amor pelas ou– tras almas . Quem de nós ainda não precisou desafogar o coração oprimido por dores bem íntima's? Quem de nós ainda não sen tiu o consôlo que vem dum coração que se propõe a sofrer com o nosso? Às vezes, não que re– mos mu ito. A ca ridade dum iorriso, dum con– selho, duma frase bem sincera desperta em nós coragem para grandes heroísmos, para ex tr~– ordinárias renúncias. Sentimos, então, a cari– dade-amor, caridade-auxílio, caridade-consôlô, caridad e-alegria que se derrama de almas que vivem do Amor e que têm o desejo cada vez maior de impelir as outras aknas para o amo r ·de Deus. O sofrimento quando atinge o corpo, con– sequentemente, fere a alma. Nos nossos mé– todos de formação devemos pensar sempre que, pelo material, podemos atingir o espiritual. Portanto, selamos bastante caridosas com os .f>ecr. arq. "O meu man~amenlo é' que vos ameis uns aos outros como eu vos amei". que padecem de ma les do corpo . Uma lon ga enfermid ade, a certe za ci uma doença incuravel tra z quasi sempre o deses pêro , o esquecimen to de Deus. Aí devemos, pela ca ridade cri s tã, fa zer revive r essas almas para Deus . No nosso meio, temo s o fl age lo da lepra que faz sofre r, fí sica e moralmente, tantas cria- . turas . Felizmente, os nossos governa nt es têm encarado de frente êsse problema , proporci o– nando-lhes os recursos da ciência a pa r da assi stência esp iritua l, que é o grande confô rto para essas almas tão rudemen te fer idas. No di a 3 de janeiro, a convite do Exmo. Snr. Abelardo Condurú, prefei to de Be lém, a " ju– ventud e" se fez representar na comitiva que fo i ao Lazarópolis do P rata leva r um pouco de alegria àqueles irmãos que, mt1tilados pelo horro r do mal, têm dentro do peito um co ra– ção qu e, ma is do que o nosso, precisa de co n– fô rto, de alegria e de coragem . Nós, moças da A. C., devemos estender a nossa caridade até o Prata, com a lembrança duma esmola, duma oração , d11111a palav ra amiga. Sob renatu ralizar– - lhes o sofrimento, di ze r-lhes que a ca ridade do Cristo chl:gou até o cume do Calvário para que êles vejam nesse ma l o prelúdio do bem eterno, o caminho da sant idade. E, pela oração e pelo sacrifício, no amor das almas, vamos a Jesus que disse a Santa Catarina de Senna: "De logo que uma alma me que r bem, quer bem ao mesmo tempo ao meu próx imo. De contrári o, não é verdad eiro o seu amor, pois o amo r que me quer e o amor que quer ao próximo vêm a ser um ún ico e só. Quanto mais me qui ser bem uma alma, tanto mai s há-de quere r bem ao próximo ."
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