Quero - 1941

bendito Filho de Deus, o que deixou Cesar boquiaberto . Êle ordenou. então, que conduzissem com presteza ao pa– lácio a nobre jovem, e ficou mui to en– cantado com sua grande sabedoria e com sua grande beleza, pois C.atarina era a mais bt la entre tôdas. De volta dos sa– crifícios, o im perador perguntou-lhe, primeiramente, qual era sua linhagem. "Nascí na púrpura, respondeu a virgem; mas desprezo tôdas as honras e sou espôsa de Nosso Senhor Jesus Cristo.'' A isto Cesar respondeu : "Se tu fôsses an jo ou virtude celestial, hesitaria, mesmo assim, em seguir tuas ordens; como te acreditar, a ti, que não é~ se– não uma fragil mulher?! Mas Catarina continou, e o imperador, vencido por sua sabedoria, mandou chamar apressa– damente todos os gramáticos e oradores de Alexandria, prometendo-lhes dona– tivos maravilhosos se êles atrapalhassem a donzela. Ora, a virgem, levada à pre– sença de todos êsses mestres, discutiu muito sàbiamente e demonstrou-lhes por Platão e pelos oráculos sibilinos a di– vi;idade de Jesus . E todos os sábios se calaram e o mais velho exclamou : •·Estamos convertidos, o espírito de Deus fala nesta virgem.'' O tirano ficou furioso. depois, incontinente, resolveu que êles fõssem todos queimados no meio da cidade. Mas, antes, a virgem os confortou e lhes deu o batismo. Entretanto o imperador, enamorado pela beleza de Catarina, disse-lhe: "No– bilíssima virgem, tem piedade de tua magestade, e serás raínha, e tua ima– gem se erguerá no meio do palácio, todo mundo virá te adorar como uma deusa.'' A santa respondeu-lhe: "Dei– -me como espôsa a Cristo; nem belas 18 J. F. e. B. Belém-Pará- Bras il palavras nem tormentos nos poderão separar." Tendo ouvido tal resposta, o ti– rano ficou furioso e ordenou que des– pojassem Catarina de suas vestes, açoi– tassem-na, depois a deixassem sofrer fome em uma prisão escura durante 12 dias. E êle se foi para um outro país. Mas na sua ausência, a raínha se sen– tiu tomada de grande piedade pela vir– gem, e, de noite, acompanhada de Por– fírio, príncipe dos cavaleiros, foi visita– -la. E ela encontrou o cárcere resplan– decente de luz, e viu os arijos de Jesus Cristo que trat avam de suas chagas. Tendo ouvido a virgem prega r-lhe a fé, e a caiu a seus pés e pediu-lhe o br1- tismo com Porfírio e dois cavaleiros. O imperador, tendo regre5sado e vendo a virgem reanimada, alimentada pelo pão celeste, ordenou que ela fôsse dilacerada entre 4 rodas de · ferro mu– nidas de enormes pregos e girando com grande velocidade. Mas, em breve . no momento de c o Ioca r a virgem nessa tortura, o anjo do Senhor quebrou e partiu a máquina, e tão violentamente que matou mil pagãos. Então, a rainha, vendo estas coisas, vei o dirigir censu– ras ao rei Maxêncio que, cheio de raiva, sabendo_da sua conversão, ordeno u que a decapitassem com Porfírio e todos os cavaleiros de sua guarda. Quanto à vir– gem Catarina, foi levada para fora da cidade e foi também degolada. Mas uma voz celeste veio dizer-lhe: "A porta dos ceus está aberta para ti.'' De seu pes– coço escorreu leite e não sangue. De– pois os anjos, carregando seu corpo, levaram-no até a montanha do Sinai ' vinte dias distante, e· o enterraram hon- rosamente .

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