Quero - 1941

cípio de unificação e coordenação, tendo por objetivo o •aperfeiçoamento em vista. de um fim especial. (.. 11- Ler ordenadamente, reflectir e concen– trar-se. Ler o que . se deve IerJ guardar o que é util e pode · servir. A leitura desordenada entorpece o espírito em vez de nutri-lo. Enfraquece e dispersa os conhecimentos em vez de con– centra-los. lll-Assimilar o que lê.-A leitura não deve ser um trabalho mecânico, mas um tra– balho vivo. Ora a vida é uma assimila– ção, e a assimilação é uma reação do or– ganismo vivo ·sôbre a ~utrição. A leitura assimilada é uma reação de todo o or– ganismo intelectual; requer, portanto, es– fôrço e atenção. Por isso mesmo o seu resultado é rluradouro e eficaz : desen– volve progressivamente o raciocíni o, en– sina a reflectir e a pensar. IV - Escolher a~ leituras~ - Ler livros séri os é escolher a sementeira das suas ideas. Assim como para o bom ·funci onamento do organismo -é necessário um regime ali– mentar capaz de produzir uma s tantas ca– lorias, assim também mis.ter se faz qu e a nutrição do espírito s~ja apta a produ zir as necessárias calorias moraes. ~ 'onde concluimos qu e 'há leitu ra s boas, p~ove1tosa~, nec~ssári as e 1mprescindiveis, e ~eitura~ 1:ias , preJ~di ciais, verd adeiros tóxicos 0 co , açao e da tn teli gê ncia. ' . As ·· · - . . Pll meuas sao ,ião só aconselhadas mas tn d1s pensa · ' · ' vei s a mocidade, porque tudo quanto faz de modo são a alma 1·uven il lhe é sa lutar. E ainda O - P rque os hvros bons repre- sen tam uma garant ia para as h d d ~ oras e esa- 13 J. F. C '\-B. Belé~-Pa rá=B}~sil nimo e um :aliment o são para 'b e.spí-rit0i qu e êles prendem pela nob, eza 1e plio fnndeza dos pensamentqs. . l t;.m l';l ·:... -~· _ ~ •.;,J1 1 Ji 1 7:t..,, J! ·r Mas se a boa leitura exalta, csc la íece e instrue, as leituras. frívolas, P, obres de fund o e de verdade, 'faÍs·efam 'a -~id eir'-da » 1dã e do belo, -desequ ilibr'aní' a , afi vítfa~e -: no{ma l, al i– mentando os sonhos e o gôsto à as in;age ns absurdas.. , n • ,1 ,,, ,. •:J, , . ~ ~ • i. \ ) ,, .. . Como diz Gillet e,µ i5 eu liv ro " L'Educa– tion du Coeµr " : "ps romances debi li tam a in– teligência, ~u gam-111·~.,k ·se1v11/ afas ta_rf.1 o gôs to pelo estudo vertladeiro ".Je 'favo recem a .preguiça intelectual." ·, < ' •' • Dois principió-s : de r k ~ ICTgia elementar explicam a influênci a direc ta desta pregu iça in– telectual sôbre a~ tend ênci as instin ti v .:1s, " .... - .. : 1- As i deas ou sensações incliuam-se ao at o qu anrlo não en con trám.·.ab:,tácu lo. li- Esta inclinação , ao .a to torn? -se 111ais p o.~erQS <!, ~e, além. 9,e -Qã~ encont rar pbsti cul <\ acha elemento de _e;xci tação. J v • Estas duas leis tradu zemi Lbem o poder formida vel do roma nce sôQ rf a alma tenra e sonhadora da mocidad e. ~ ' · - ◄ ... J 1 'Cor1clusão : · De tudô 'qua·1110~ foi d ito, deduzem-se as seguint es ronc lu5ves: 1- Culti va r a in teligência ~ n ·,essid a-de de deve r qtle s in~põe à nnflher. não ,por diletantismo 0(1 p'arà ,;1ti azer um 'Setitirnentb d ' v~idade, trnrs para res- ( ponder .à sua ptóptü1 fh1aiidade. 11--:A 1<;:ulturfl int~Je.ctu~l da mulJ er não é incompativel e n1 ;: os se~ (}_e,veres de estado; pelo contrário, facilita-os. O próprio lar tedama tl 1à uma inteli– gência apta para o com rdo intelec– tual, para a troca de ideais

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0