Quero - 1941

22 .J. f . C . B. Belém- Pará-Brasil ..... ......,.--_.,_,,...~~~~~w~~.....~....._,..~ ._._.._ .-..,..., ....... ~ LEITURAS MISSI ONÁRI AS ... ►±◄ 1111 . TODOS APÓSTOLOS! (Continuação) Realmente, admitid a a necessidade des ta cooperação na obra do a posto lado, segue- se, como consequencia, a obrigação estrita, que impende "sôbre todos aqueles que, po r uma grande misericórdia do Senhor, estão já de posse da verdadeira Fé, de cujos imensos be– nefícios já gozam, de auxilia r as san ta s missões, poi3 que o Senhor mandou a cada um de nós que pensássemos no próximo (Enc. XVll-12), e êste dever é tanto mai s estrito quanto maior é a necessidade em que se encontra o próximo. Mas, ·quem mais do que um infiel tem neces– sidade do nosso socôrro fraterno , pois que se encontra na infelicidade de não c o n h e ter a Deus, ao sabor das mais des enfreadas paixões e sob a apertadíssima tirania do demónio?" Além disso êste dever é-nos imposto pela nossa qualidade de cristãos, como um acto de gratidão ao Senhor pelo dom da Fé que t le nos deu e como a prova melhor e mais aceita de Deus da caridade para com o nosso pró– ximo. "Porque, se Nosso Senhor Jesus Cristo deu, como caracter distintivo dos seus sequa– zes, o amor mútuo, poderemos nós porventura mostrar aos nossos irmãos uma caridade maior e mais insigne do que a de procurar tira -los das trevas da superstição e instruí-los na ver– dadeira Fé?. .. E quem pratica esta caridade· segundo as sua fôrças mostra estimar o dom da Fé tanto quanto êle merece ser estimado." Todos, sem excepção /-Sôbre quem pesa o dever de espalhar no mundo o cónhecimento de Jesus Cristo? Sôbre todos os filhos da Igreja, indistintamente. Procuremos entender bem esta verdade, porque, infelizmente, em muitos existe uma triste ignorância a êste respeito. Muitos julgam "que a conversão do mundo é um tra– balho exclusivo do Papa, dos Bispos e dos Missionários; êrro que tem como consequen– cia o desinterêsse geral dos fieis pelo aposto– lado da Igreja e, portanto, o pouco progresso das missões ." Pe. Guilherme ME.NCAGLIA JIIII Esta ignorância tem a sua causa no facto de muitos católicos ignorarem até mesmo a ex ís tência do apostolado da Igreja. Outros co– nhecem- no muito pouco pa ra o aprec iarem de– vidamente. Quantos são aqueles que conhecem, o u, ao menos, que pensam na infe liz cond ição em que vivem os infieis? Se o soubessem, ou· s e nisso pensassem, poderiam ficar ind iferen– tes, insensí veis diante de tanta ca lamidade? Se um terramoto , uma inundação, ou outra desgraça pública fere uma cidade ou urna terra q ua lque r, logo se organizam comissões de so– co rros em tôda a Nação . Mas que calamidade mai or do que viver privado da Fé e estranho ao Reino de Deus? Se a Igreja tem a missão de converter o mundo, po is a ela dis se Jesus estas palavras : " Ide, ens inai tôdas as gentes", por isso mesmo es ta ordem atinge, por solidariedade de comu– nhão , todos os que pertencem à Igreja, " a qua l não é uma organização ideal e abstracta. mas um c orpo de membros vivos e activos, os qua is lodos têm, embora em diverso grau , a sua quota parte de obrigação e de tesponsa– b il idade na ca usa comum." Dizemos "em diverso grau". Na verdade os miss ionários dão ao apostolado a juventude: as suas melho res energias , dão-lhe a vida. Esta completa imola ção de si mesmo não é pedida a todos; "mas não é jus to- podemos dizer com Ozanam - qu e, enquanto qu e, todos os dias os nossos missionários se dei xam dego lar n~ Africa ou dia nte dos palác ios dos mandarins nós cruzemos os b raços e nos recos temos nu ~ leito de ros as.'' Dêem os fieis à causa comum da Religião aquilo que possam dar, confo rme as condições particulares de cada um. Dou tro modo, "que católicos são aqueles que se con– tentam com adormecer na sua Fé, e que se não interessam por esta Fé e que se não im– portam com a dilatação do Reino de De us e nem com isso se incomodam?"

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0