Quero - 1941
o 16 "ALGUMA CO ISA DIF EREN TE .. . /1 ( Conclusão da pagina 6) costume vazio, e hoje abriga ndo o Hóspede Desco nh ec ido , quantas pa lavras profundas ! E para Joa ninh a quan tas sur– prêsas ! Quantas respostas ! Todos sa iram. Menos Jonnin ha. A' noite, derois da novena. a igrejinha fechou a porta . O arraial era um remoinho. Um bando de pequenos brincava de cabra-cega. Era Joaninha quem tinha a venda . Qmrndo lha arrancaram seu olhar caiu sôbre uma estrêla que cintil ava, mu ito grande, muito clara, num pedaço negro de ceu . El a es– tava ali, a es trêla, no meio da– qu ela negrura, isolada, linda, sôz inha,-sim - , s oz inh a e linda. J oa ninha largou numa ca r– reira. Colou o rostinho à porta da igreja e espiou pelo buraco da fechad ura enorme. Os pe– quenos vie ram atraz. "Que es tás vendo ? " Joan inha levou mui to tempo para responde r: -E' que me lembrei da luz do Sacrário, quando vi aquela estrêla". J . f . C . B. Belérn- Parã- Brasi l No di a seguinte, Jo a ninh a madrugou na ca pela. Foi fa lar ao padre. E fa la r a m muito tempo no confessionário. De– pois, no meio da Missa, Nh á Maroca pasmou : sua di scípul a de catecismo aproximou-se da mêsa, recolhida e angé li ca, e fez a sua lª Com unh ão. Assim, com o vesti dillho curto e só com aq uele veu, s e r z id o e grosso, sôbre os ca be linh o s pe n tea d os pa r a t raz . Mas, quand o ela vo ltou da mêsa da comunh ão, parece u a Nh á Ma– roca que sua di scípul a arras- . tava um longo veu de filó , alvo, finís simo, que a rodeava de um re s pl e ndor de brancura . Ela passou pertinh o, mas Nh á Ma– roca achava impossivel tocar– -lhe com um dedo, sequer. E a bra ncura Li a J oa ninha entrou pela alma a de ntro de Nh á Maroca, mexeu não sei onde, tanto qu e, no fi m da Missa, qu ando todos sa íram, Nhá Ma– roca fico u .. . ch0ra ndo ... j oani nha sorria ; seu olh ar levan tava-se para o altar e bai– xava sô bre o peito : comparava os do is tabern ácul os. ''Também em mim, também em mi m, há alguma coisa di – ferente ... " * * * Levantou-se .. . - "Bénça, Nhá Maroca !" - Deus te co nserve uma santa, J oa ninha !
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