Quero - 1941

10 J. F. C. B. Belém-Pará-Brasil SEMANA / (1 NÃO é dado ao , Homem saber as ma- ravilhas que reserva o Senhor para os seus escolhidos, na glória eterna". ll)ALAVRAS de São Paulo, que nos acodem ao espírito, saciado das puras alegrias ex– perimentadas durante esta hebdómada que vi– mos de passar. Pois se na terra, Senhor, já ~odemos sentir tão puros e elevados trans– portes, que será na vossa Jerusalém eterna! Mant1ã inolvidavel a de 28 de Setembro, em que, na Catedral de Santa Maria de Belém, ouvimos a missa soleníssima, com assistência pontifical, cantada por harmonioso e augusto concerto de centuras de afinadas vozes. Em– polgante a oração do nosso Antístite sôbre a Liturgia da Igreja Católica, que mergulha suas raizes na éra dos Patriarcas e Profetas, ins– pirados pelo próprio Deus. E, a seguir, os dias decorriam festivos e profundamente instrutivos para a alma ca– tólica de Belém. A Sagração solene da nossa grandiosa Basílica - festa que uma geração raras vezes assiste ; a bênção da matriz de Sa_nta Teresi- nha, dada em ambiente devoto e recolhido; as mis~as explicadas, em tôdas as igrejas e capelas da cidade; a poesia única e arreba– tadora da concorridíssima Missa Campal, na Praça da República, na manhã de 5 de Ou– tubro , último dia que culminou com o sole– níssimo Te Deum da Basílica, fêcho de ouro das ceremónias desta semana inolvidavel. Ao par destas solenidades litúrgicas dos diversos templos de Belém, folgaram nossos olhos e deliciaram-se nossos ouvidos com as in éd itas representações do Teatro da Paz. O drama de Dom Pedro Calderon de La Barca, superiormente interpretado ·por um pu– gilo de almas, que se fizeram artistas-"para agradar ao Sen hor" - transportou-nos ao pa– rais o. Ao vê-los e ao ouvi-los, no palco, não nos pareciam os mésmos corações simples e generosos que acabávamos de encontrar nos bastidores: viviam realmente os personagens que representayam, e éramos tentado~ a se– guir na esteira luminosa daqueles an1os es-

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