Quero - 1941

5 J . f. C. B. Belém-Pará-Brasil "ALGUMA COISA DIFERENTE li • • • HELENA SOUSA igrejinha não conheci a re– gras de estilo. Há mais de 20 anos, um veranista a b as tado que viera da cidade com a família, procuran do no bom clima do lugar a saúde para a filh a, tinha -a construido em ação d·e graças, quando a pequen a fic ara, de novo, gorda e cõrada, como em creança. Branquinha de .cal, a capels.1, contrastando com os casebres re bocados de barro averme– lhado, parecia receber e joga r. de novo, tôda a luz do sol que se d iri a brilh ar só par~ ela quando batia em cheio na pequena praça da vila. Todos os anos, quando se aproximava o di a da padroeira, os " juizes" e "mordomos'' de– senvolviam uma actividade ex– cepcional, exi bindo por tôd a a parte a imponência de seus conspícuos cargos. A praça se atravancava de barraquinh as e, no dia da fest a, no corêto debruado com fes– tões de folhagem, a banda de música rivalizava com o sinozi– nho estíidente, cada qual acha– mar o povo para as duas as– sembléas, igualmen te concorri– das: a novena e o arraial. Transcorrida a festa, o largo passava a ser propriedade .1b– soluta de uma turma de mole– ques que empin ava papagaios e de uma meia dúzia de cabras que resto lh ava no capim. E a capela, essa, ausente o padre que viera especialmente para a fest ividade, se m n celebração da Missa, passava a ser o reino, ciosamente defendido, de Nhá Maroca que, tôdas as tardes, ali " explicava" o catecismo e re– zava o têrço com as cria nças menos turbulentas do lugar. Quando Nhá Ma roca saía da capela . depois do toque das Ave-lY..arias, os moleques que empinavam papagaios davam– -lhe vaia, não se sabe por quê ... Á D. Maroca, não importavam as vaias e os as obios : tratava do seu serviço, cada qual tra– tasse do seu . . . Mas, D. MJrocu tinha um meio infalível de prender a me– ninada: em começar a contar a

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