Quero - 1941

mano para o Gótico até a Renas– cença. Cada estilo teve aí a sua parte artística sem que o conjunto ficasse desarmonioso. Olhando de frente a cate dr a 1, sente-se logo a imponência e a gran– diosidade do edifício. Impressiona a magestosa fachada principal, com as duas tôrres apontando o ceu e a grande escada com 36 degraus. Êste todo extraordinário, pela sobriedade, forma um conjunto suntuoso, mais imponente ainda nos dias de grandes festas ou celebrações especiais. O exterior possui a beleza das · catedrais góticas : portas esculpidas, galerias rendilhadas, arcos, etc. A parte mais interessante é o côro com as arcadas inspiradas no estilo Romano. O altar-mor é uma joia. De cada • lado, estão os mausoleus de João II, duque de Brabante, encimado por um leão de ouro que pesa 3.000 qui– los, e o do arquiduque Ernesto, go– vernador da Holanda. Os vitrais datam de diferentes épocas e são de um raro efeito de 4 J. f. C. B. Belém-Pará-Brasil luz. Os dois primeiros chamam logo atenção quando se penetra no templo. Representam Carlos V da Austria e Luiz da Hungria com suas espôsas. São êles dos mestres Van Orly e Floris. ( Na grande nave alinham-se as estátuas dos ·apóstolos que, a-pesar de não estarem completamente no estilo da igreja, são obras primas da escultura do século XVII, dos mestres Duquesney, V: a n Mil der e Tobias. Há, sem dúvida, edifícios mais belos que Santa Gúdula, mas aí sente-se bem que se está na casa de Deus e a austeridade de linhas convida à prece recolhida_. A história de Bruxelas, assim como de tôda a Bélgica, viveu seus momentos de alegria e de tristeza em Santa Qúdula. Recuando o pensamento, para meditarmos sobre o simbolismo na– cional dêsse templo, dificilmente po– deremos fazer uma idéa do que foi Santa Gúdula, no coração do povo, quando os . reis, tão generosamente, cumulavam-na de riquezas. •

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