Quero - 1941

Com excepção muito ra r a, tôdas são r efratári as ao estudo da r eligião. E as nossas r euni ões se trans– fürmam, p ouco a pouco, em meras aulas de cate– cismo, sem vida, serrr discussão, por que não se apr e– sentam ar gumentos para isso, ou por indi fer ença ou per ignorância. Um programa de es tudo que inte r esse a es tu– dante do nosso tempo, deve ser uma in tromissão aos programas de estudo da moça de soci edade, com bem poucos pontos referentes à vida de Col égio. Mas nosso dever, como j ecistas, é aceitar um programa, não que se adapte à menta lidade da estu– dante actual, mas que a faça adaptar-se à nossa men– talidade cr istã. A água não deve ser l evada ao peixe que está no seco ; é o pei xe que deve se desl ocar e voltar à água. Ou, se quisetmós, invertendo o pensamento, transformar o peixe, para que el e goste de ser r ea l– mente peixe e sinta prazer e vida em estar na água. E, para isso, o programa deve ser devi damente tr açado e real i zado, fiel e in tegralmen te vivido e, de– pois, tiradas as canclusões práticas. Os programas de estudo es tabeleci dos até hoje, ainda não chegaram a ser i nteiramente reali zados. Depo is de duas ou três experi ências, notado que não t~n:i inter esse, mas r eq uer em esfôr ço e estudo, pela dificuldade que apresentam, são postos de lacto. E é nisso que está todo o mal, e a causa da nossa Jec se estar tornando uma co isa vaga e sem infl uência. As reuniões deveriam ser o eixo do nosso apos– to lado, o l ugar onde ser ia expôsto o nosso trabalho, discutidas as dificuldades e apuradas as conclusões ; deveriam te r um caracter mais famili ar, mais ínti mo. Hoje, porém, as r euniões da Jec se tran sfor– maram, - ou numa série de conferências, das quais muitas das que assistem nem siquer alcançam o ob– jectivo, ou numa exposição inteiramente improvisada de um assunto sem inter esse e, muitas vezes, alheio ao nosso objectivo. Não deve ser assim. T ôda a r eun ião de Acção Católica, e pri ncipalmente da Jec, deve ser an teri or– m~nte preparada, estudan do-se o assu nto qu e nela vai ser expôsto e fazendo-se que êle seja também co~h~_cido das sócias que vão tomar parte naqu ela reumao. . A r eunião deve ser feita não só por quem a prl:side, mas todos os pr esentes devem tomar parte acttva nela, expondo suas opiniões suas dificuldades suas dúv idas. ' ' Ass im, se conclue que a fa lta de in fluência da Jec. tem por causa pr incipal a ausência de método das nossas reuniões. ,.. Êsse método deve existir especialmente, nos programas de estudo. ' Programas de acçao _Determ i nado êsse programa de estudo, qu e nos devera esclarecer e incentivar na prá t ica do bem, devemos procurar os meios de leva r êsse bem às al mas das nossas colegas. . . . E' a tarefa tão nobre quão difíci l da militante 1ecista; é a cruzada do bem da mocidade !}el a pró– pria mocidade. 16 J. f .. C . B. Belém-Pará-Brasil O seu fim é sanear o meio colegial, r ecri sti a– nizar as cl asses, ·pela transformaçãd da mentalidade das es tudantes. Para isto, antc:s de mais nada, a j eci sta deve ser jecista, em qualqu er parte que estej a ; isto é, o procedimento deve ser sempre o mesmo, com ou sem a vigilânci a dos superiores ; deve mostrar-s e uma católi ca integral - no porte, nas conver sas. nas com– pa nhias, nos diver timentos, de modo que possa ser apon tado como exempl ar o seu procedimento. Outro factor básico oara o aprove itamento da acção j ecista, é a união. Se tõdas as j ecistas têm o me,smo jdea l, trabalham para o mesmo fim -.:.. devem– -se auxiliar mutuamente, pr otegendo e defendendo os inter esses do seu grand e obj ectivo. Assim, unidas, será mais facil influ e n c i a r a massa das es tudantes, e actu a~, pouco a pouco, sô– br e ela. Con tando-se, num Colégio, com um grup o de estudantes que per sonifiqu e o idea l j ecista, isto não p ode dei xa r de i ncenti var o bom esp írito geral. A acção da Jec, en tão, deve ser directa, pes– soal e persever ante. Ela não se diri ge a uma elite, a um grupo eséolhi do de es tudantes, mas à massa; é a massa que ela pr ocura melh or ar, r ecri sti an i za r por todos os meios, ac tuando, de per si, em cada uma das es tudantes que a constit uem. · E, mais do que ao sacer dote, ma is do que aos p rów ios mestres, cabe à j ecista a obri gação de r e– erguer o nivel mora l de suas companheiras - porqu e ' está em tna ior contac to com elas, é testemunha, mui– tas vezes, do seu procedimento pouco ed ificante, e porqu e pode fazer acompanhar os seus conselhos de exemplos qu e convençam, o que é impossív el ao sa– cerdote e aos mestres, visto pertencer em êstes a um nível social d iverso do nosso. Assim, poís, a j ecis ta, com o gr and e objec tivo de co, Auistar para N. Senh or, não uma classe, não um Colégio inteiro, mas as es tud ant es de todo 0 mundo, começa o seu trabalho procurando infl uenciar a al ma de uma companhei ra, apenas. Depois de amoldado o espír ito desta primeira con;luis tada aos ideais ~ublimes do apos tolado, já serao duas; duas que tem as mesmas idéas e que traba_l ham, oram e se sacr ificam para alcançar uma terceu:a, urna quarta e, pouco e pouco, muitas ou tras conq uistas. Isso, l?orém, não é trabalho de dois dias; será fruto de muitos desenganos, mui tos sofr imen tos, m,ui– tos mêses de trabalho contín uo. Mas, isso não nos deve desan imar· pelo con– trári o, ª~?ra é ~ue ya i c~meç~r o sanean;ento, agora é qu e a massa vai senti r a rnfluência de uma fôrça até então desconh ecida que vai de encontro às suas idéas livres, ao seu procedimento r eprovavel e à sua mor al em desacôrdo com os postulados do Evangelho. E, para lograr bom resu l tad o nessa grande obra , é nece ssári o: 1- encarar firme o objectivo desejado · 11 - determinar o plano de acção ; ' 111 - aprender os melhore processos de apostolado j un to ás companheiras. O grande objectiv o da Acção Católica entre as es tudantes e os melhor es meios de apostol ado, nó,; CC0 1ud11i nu p R g•lna 20.)

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