Quero - 1941

em redor dessa idea de apostolado, que avas– salou as suas faculdades . Tudo está em rela– ção com êsse centro e êle determina e gra dua todos o s valores morais ou materiais. O pensamento da Eternidade valo ri za o tempo e a sua luz espiritualiza tôdas as acções. Não é assim que nos fascina um verda– dadeiro IDEAL? E p~rece-nos que J esus-Menino traçava o nosso, quando dizia, ante os doutores per– plexos e sua Mãe angustiada: "NÃO SABIEIS QUE DEVO TRATAR DOS NEGÓCIOS DE MEU PAI?" De~cobrimos, claramente, nesta interro– gação, aparentemente dura, todo um programa de sacrifício e o inconfundivel apêlo de uma vocação. E pressentimos, sob essas palavras corajosas, o secreto martírio que havia de alancear o Coração terníssimo de Jesus, ao ter de amargurar o Coração virginal de sua Mãe- preocupação que transpareceu, O() auge de suas dores, naquela doce palavra, que foi um testamento: EIS AÍ O TEU FILHO .. . Também nós , na nossa funda hum ild ade, fornos marcadas pela generosidade div ina, para seguirmos um caminho; também, nós, ouvi– mos, entre o rumor da vida quotidiana, uma voz suave mas firme que nos dir igia um apelo.. . Êste se tornou, na exquisita afeição que em 8 J. f. C. B. Belém- Pará- Bruil nós veio despertar, a nossa mais linda ventura , de delicioso pungir ... Já foi, talvez, interrogação, pe rp lexidade, luta, abismo . . . Mas, como abismo, atraiu o abismo do nosso amor : agora , o doce e severo apêlo é só fusão , união, amplexo, unificação de duas vontades : a de Jesus e a nossa. Eis por que somos, talvez, paré.t muitos, um mistério e uma contradição; eis por que parecemos extranhas e selvagens a o mundo prudente que não suporta nenhum estôrvo nas linh as comodamente paralelas de seus inte– ress es ; eis por que encontram ingratidão e in– diferença onde há, ao contrário, mai s funda e ma is la rga expansão de fervor afec ti vo; eis por que ch amam va id ade às rev oltas que nos sacodem e exagêro à inqu ietude de nosso aposto lado . . . Os negóc ios de nosso P a i-os inte resses eternos das a lma s - são tôda a nossa paixão. PAIXÃO PA IXÃO IDEAL CALVÁRIO IDEAL - aue to rn ou infinito o nosso amor; CALVÁRIO - que torn ou sa ntíssimo o nosso amor. E na qual só uma dor é dolorosa: a " d e não compreenderem'' onde está a VERDADE e a GLÓRIA, que faz das almas, que por outras almas se afadigam, creaturas FELICISSIMAS.

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