Quero - 1941
,. tolo. No ano 90, o bispo Anacleto, para assinalar êsse lugar, màndou construir um pequeno oratório sôbre o túmulo dt S. Pedro; mais tarde, a pedido do Papa Sil– vestre I, o imp erador Constantino, o Grande, mandou construir a primeira grande basílica dedicada ao apóstolo. A basílica de Constantino, que não tinha senão a metade do tamanho da actual, foi reconstruida pelo Papa Nicolau V, porque ameaçava ruína. Muitos artis tas mereceram dos papas a honrosa incumbência de reconstruir a basílica , entre outros Rafael e Miguel Angelo; êste último fez parte da cúpola e deixou aos seus sucessores planos pre– ciosos . Foram precisos I 76 anos para ter– minar essa obra magestosa, na qual foram empregadas tõdas as fôrças artís ticas da época. A basílica pode conter perto de 70.000 pessoas. Entre as admiraveis obras encerra– das nêsse secular museu, citemos a está– tua de S. Pedro, de bronze, do século V; a veneração dos fieis foi tanta por esta imagem que os seus beijos acabaram por polir e gastar o pé direito ! ... A "PIETÁ'' de Miguel Angelo, (cuja reprodução está na capa da revista I foi executada 4 J. F. C. B. Belém-Pará- Bru i 1 pelo artista qu :fndo tinha, apenas, 25 anos; esta obra-prima de uma rara delicadeza é um dos ma is belos grupos de escultura piedosa que se conhecem; as feições da Virgem parecem falar e as do Cristo ex– primem a dor e o sofrimento. Esta é - a única obra que Miguel Angelo assinou. Aos que o censuravam por ter dado a Nossa Senhora uns traços muito jovens, respondeu : "A virgindade tem o privilé– gio da eterna juventude." Há preciosos relicári os na bas ílica : a cabeça de Santo André, o sudário da Verónica em que estão impressas as fei – ções de Jesus, fragmentos da verdadeira Cruz e a lança que perfurou o flanco do Salvador. Desde o V século, S. Pedro tornou– -se o mausoleu dos papas . A basílica de S. Pedro tem um lu– gar especial na tradição cristã, tant0 no pon to de vista da ven era ção de que é objecto, cómo sob o prisma da arte . Celebram-se nesta igreja, além dos oficias de tôdas as igrej as, cerimónias a que só o Papa pode presidir, tai s como : beatificações e anos sa ntos ou , jubileus, durante os quais os fiei s podem passar sob a porta santa qu e só se abre nestas ocasiões e que, terminado o jubileu, é fechada pelo próprio papa.
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