Quero - 1941

é, exactamente, fa zê-la compreender pelas moças que não são da A. C., mas que sa– bem o que sign ifi ca receber uma solução a perguntas que nos fazemos e a que não sabemos dar respos ta. H á tanta moça, filha de Mari a, Luiza de Marillac, Bandeiran te, Noelista que conhece êsses problemas - há, também, tantas moças que não pertencem a nenh uma orga nização, e sabem, pel o que vêm e ou vem, que há essas necessid ades a que me re firo . Necessidade espiritual nessa mocid ade que hoje estud a mai s, que fre quenta univer– sidades, q ue lê tratados de filosofia e ob ras científicas, que lê conferências profund as sôbre a vi da ... e se per2unta um milhão de coisas ... lê auto res que a deix am di ante de gra ndes interrogações ... Necessidade espiritual para essas mo– ças que não lêm tratado de filoso fi a, não têm cursos superiores, mas que, mesmo não sendo diplomadas, possuem uma Inteligência, e, o que é natural, se perguntam : Por que nasci ? ! Para so frer, para viver trabalhando?! Será que não posso se r feliz?! Para que , serve viver assim ?! Ah ! - necessidade de de encontrar alguem que leve o confôrto es– pirit ual, leve a palavra: " é mais fac il um pobre entrar no ceu do que um rico '' - mostre que, mesmo no trabalho e na po– breza , pode haver fe li cidade . E pensar que se pode aliviar essa ne– cessidade espir itual e se fi ca olh and o sem fazer cousa alguma ... Necessidade moral nas moças da so– ciedade, nas operárias, nas domésticas, nas estudantes- em tôdas nós que somos jovens, 2 J. f. C. B. Belém-Pará- Brasil que possuímos um coração, que "somos sen– timento" . E o coração, às vezes, bate forte , está sofrendo, se diz sim, não ... Nesse mo– mento, uma palavra de luz pode tanto! Por que não levarmos essa luz? Se muitas ti– vessem alguem que lhes pudesse faze r ver certas co nsequenci as, alguem que lh es fa– lasse de sentimentos mais elevados! . . . Se algumas moças chegassem a com– preender o bem que poderi am fazer, leva ndo confôrto onde o confôrto está falt ando - não não, elas não hesitariam no sacrifício! E não são só as moças da A. C. qu e devem remedi ar a êsses pro blemas. Afin al tôd as aqu elas qu e têm se nti me ntos bons devem vir auxi li ar-nos. Nós já temos tanto trabalh o,-não será possíve l você da r ape nas uma hora por seman a para essas que pedem luz espiritual, luz mo ra l ? Se você tem boa vo ntade, se você é ge nerosa, e você é generosa e você tem boa vontade, não nos deixe sós di ante de tan ta misé ri a. Eu faço um apêlo à sua mocidade para outra moc idade - eu não faço um apêlo para que você entre na A. C. Não, eu apen as peço que voe~ leve cons5lo, con f6rto e paz a muitas moças. É ve rdade que sou da A. C. - e você pode dizer: ''Gent e da A. C. vê as co usas diferentemente! " Si m, às vezes, você pode ter até razão; mas, se pensar um pouq ui– nho , não pode deixar de concordar : " é mesmo ; há necessidade espir itual, há neces– sidade mora l. " Se você chegar a essa co n– clusão, vá até à noisa sede, fale co nnôsco , diga que quer dar uma " horazinha " da s ua vida para outra vida.

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