Quero - 1941
cujo êxito depende do bom aj ustamento de tôdas as peças. A Acção Católica põe cada um no seu lugar e dá ordens a um exército dúctil e maleavel. Uma ânci a insopitavel de conquista, de movimento, de expansão nos urge. Está muito bem. Mas, apraz-me pensar que temos na Congregação Mariana um doce ninho de re– pouso. Se, nalgumas partes do mundo, ela con– tinua no primitivo espírito - oração e aposto– lado - mas, noutras concentrou-se mais no bra– zeiro da férvida prece, da meditação, da contem– plação, isso é, talvez, uma providência amorosa de Maria. A Primáría de Roma está sob a égide da Anunciação de Nossa Senhora. Que feliz simbolismo! Eis a Virgem quieta e calma, ge– nuflex2, recolhida, e com o seu "fiat" humilde, inaudível aos homens e apenas ouvido pelo Anjo, fazendo ·a maior arrancada missionária - trazendo Jesus do ceu à selva pagã do mundo - fazendo o mais assombroso acto de salva- ção das almas: esboçando o presépio para che– garmos ao Calvário. Oh! santa imobilidade! oh! activa inacção, oh! expansivo recolhimento! que maré de gra– ças nesssa baixa-mar tão serena! Estamos num tempo de movimento, dis– semos; , por isso mesmo, num tempo de vida intensa; e a vida não está no movi– mento, mas, sim, no foco que o gera. E onde êsse foco senão na oração? e onde êsse foco senão aos pés do Tabernáculo, em união com a Virgem, Mãe do Bom Conselho? O que é preciso é fomentar, isso sim, o espírito apostólico em cada membro mariano e todos sentirão o desejo inquebrantavel de 18 J. f. C. B. Belém- Pará- Brasil aplica-lo, de integra-lo onde quer que se faça necessário. Nem 0utra é a vontade do Santo Padre . Cada mari ario deve ser um apóstolo porque cada mari ano deve conhecer o preço da redenção das almas. A nossa fita azu l é canal celeste que nos traz bênçãos maternas; gostaria de ver os meus irmãos marianos rezando diante do altar, ador– nados com essa nesga do ceu, pedindo à Vir– gem fôrça e conselho ; depois, despedindo-se amorosamente dela, como Nos o Senhor ao partir para a vida pública, erguerem-se como apósto los destemidos, e, o distintivo da Acção Católica preso no peito, segu irem o 'Mestre nos caminhos das novas Palestinas. Oração, oração com a Virgem Mãe de Deus , oração e intimi– dade na doçura paradisíaca do seu coração e, depois, muito naturalmente, muito simples– mente, uma coragem indómita, uma fôrça in– vencível, um amor sem mêdo para as lutas do apóstolo. Fita azul de Maria e cruz de Cristo Rei - quem as poderá separar jamais? ! A história brilhante da Congrega ção, o futuro arrebatador da A. C., unem- se , sem quebra, numa glorificação excelsa à pujança estiva l da Igreja Católica. Sempre nova, sem• pre bela, sempre rica, a Espôsa de Cristo ca– minha. sempre vitoriosa, adornada de gemas imperecíveis, nas suas núpcias eternas. Glória à Igreja Católica Apostólica Ro– mana! Oh! fita azul de Maria, oh! cruz de Cristo Rei - ºflorões da nossa Igreja - quem vos poderá separar no nosso amor e na nossa dedicação? !
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