Quero - 1941

q .uero 15 J . f . C . B Belém-Pará-Brasil Opiniões • sôbre o CASAMENTO no nosso CADERNO VOLANTE Como deve a espôsa harmoni zar o se u princi pa l dever de ass istência ao ·lar, com a necess idade de tra- ba lhar fora de casa ? IE •~ sem dúvida, uma das maiores responsabili– dades - responsabilidade diante de si pró– pria, diante de seu marido, da sociedade e perante Deus - a de uma mulher casada. Com o casamento ela recebe um pesado fardo de obrigacões que não pode repartir com ninguem _e cujo cumprimento é tão sagrado, que o p rópno Deus não exige, para Si, sacrifícios que possam impedi-lo. Se ela é mãi, essas obrigacões e respon– .sabilidades aumentam e a tornam mais apreciavel e mais digna aos olhos de Deus, quando sabe ~1!111- pri-las com dedicação e amor, e com o sacriftcw que, para isso, quasi sempre, é nece sário. Dêsse modo, nenhum trabalho, nenhum inte– resse poderiam perturbar as actividades próprias de ama dona de casa, de uma mãi de f amila. Atingindo o fim ~upremo ao qual Deus II r1es– tinou, a boa esp6sa e mlii dedicada está cumpr111do o seu p rincipal dever. Mas, sao tantas e tdo diferentes as condições das pessoas e dos casais, que não é po sivel em tudo est.1belecer regra geral. Há semp re um grande numero de excepções. _ Condições de ela se, de meio , de suúde, con– Jôrto moral e material impelem, certas vezes, as espôsas a f uf!irem nm pouco de suas obrigações no lar! para suprirem certas dificuldades que nele exis– ltrtam, sem o seu trabalho. Neste caso, só temos a louvar o seu procedimento, chamando-lhe baixinho a atenção se se descuidou dc//lais de certas coisas que lhe dizem respeito, e/11 ca a. Nunca, porém, ab– dicar dêste seu principal dever em favor de quem quer que seja, por mais confiança que lhe inspire. A mulher casada, tendo de trabalhar fora de casa, por necessidade ou porque seu trabalho lhe r~serve um f uturo promissor ou a seus filhos, ou, mnda, porque tenha g rande dedicação a um traba– lho que vinha exercemfo em solleira, del'.:ra pro– curar que êsse trabalh,J sej a nas horas em que a su11 presença em casa f õr mai di pen ave!, coinci- dindo com o horário do colégio dos filhos e do ser– viço do marido. No caso dos filhos serem ainda pequeninos, creio que o ml'lhor regi ··en para éles não supriria a ausência da mamài. A mulher que antes do casamento não traba– lhava e que, casando-se, não tem necessidade disso, t!el'e con agror suas r.:ctil'id11des a seu 1 ·r , e: e-fu– cação de seus f ilhos, e a seu maridu. Dês::.e mo.lo , ela está também .servindo a Deus, encaminhando para Êle aqueles cuja vida lhe está confiada. N o s momentos de desilusão, onde deve a espôsa procurar fôrça para perdoar e ser fiel ? "Vinde a mim vós todos que andais sobrecar– regados e oprimidos de aflifôes e Eu vos alivi.irei". Só no coração amigo e discreto de j esus pode a espôsa infeliz encontrar abr([IO e confô rto. Ve rdade é, que é deve ras cruciante vêr des– feitos ca fe ios de i/11 ões, to rnados horríveis pesa– delos sonhos côr de rosa, mormente quando a mão que tudo destrói é aquela mesma que, um dia, sob a bênçãos do ceu, unida â sua, tudo prometia .. . Em não raros casos, a mulher tem uma par– cela de culpa. Casada, julga que a vida a dois é sómente wna ocusiào para e ver rodeada de mais afecto, mais dedicação . E quue que o matrimónio é um sacramento e como tal traz consigo g raves deveres e grande responsnbilidades. Inocente ou tendo algo a se censurar, entre– tanto, a esp6sa desiludida deve conservar cm t6da a linha a sua dignidade de Mulher Cristã. Queixar-se aos amigos e mesmo à familia não é aceitavel. Para quê fazer conhear a tercei– ros as faltas do companheiro para depois ficar com a alma mais anuviada e oprimida ? Só áo Coração Eucari fico de ]e. us, devem apresentar os seus desgô ta , as sua í 11 timas e amarf!.tl desilusões. lá encontrarão bálsamo con– sola.for p,1ra a feridas do coração, paz para a alm'I atribulada, serenidade para conreder o perdão generoso, coragem e fôrça para serem fieis, a-pesar de tudo ...

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