Quero - 1941

~--...,-,,.,-._ ...._,r...__ ~ ..,_,_,._,. -.....,-..,. ...... - ...,......,..._ '- J~r.J .r Um remédio para o nosso tempo Jf E Cristo voltasse ho je a êste mundo, po– deria entrar em nossa casa? Na no5sa família? Na nossa sociedade ? Poderia tom ar parte na nossa vida so– cial? Ou sentiríamos vergonha pelos nossos crimes? Ou seria ainda a entrada de Cristo na nossa ,moradia uma blasfêmia ou sacri– légio por causa da no5sa apostasia? Ou re– petiria Nosso Senhor sôbre nós o seu "per– doai, porque êles não sabem o que fazem"? Amemos a Cristo, o único Salvador e Redentor, o único reformador e renovador! Afastêmo-nos da ind i ferença religiosa. Mais amor a Deus! Mais amor a N os s a Senhora, à Mater Dolorosa, à Nossa Senhora das Dores! Inflame-nos o Sacrifício da Santa Missa– o Mistério central da nossa salvação! Dediquêmo-nos à meditação, à contem– plação. Meditação não é privilégio reservado aos sacerdotes e freiras, é, também, um remé– dio e uma âncora dos leigos. 6 J. f . C . B. Belém-Pará- Bras i1 "Eu não posso meditar, porque nã~ te nho tempo" - repli ca uma alrn 2. " Não te ns tempo, porque não~fazes me– di tação." A "r11 editação é um di scipli nador das nos– sas relações para com Deus!; dá liberda de à alma, para se elevar ma is alto. Faz os nossos pensamentos mais claros, transforma a nossa tri steza em felicidade. Como med itar? E' mais simples, numa hora silenciosa, retirarmo-nos a uma igre ja ou a um luga r sem barulho, elevar o pensamento a Deus e .medi– tar sôbre um mi stério da nossa fé, por exem– plo: Nosso Senhor na cru z. - Ei-Lo no meio do povo, no Calvário... Cristo cravado , cheio de do res. Ass im sofre o Salvador. O Homem-Deus perde o sa ngue . . . as ferid as, fresca s, abertas. . . o sangue cai e corre sôbre a terra . . . impregna-se na terra .. . Cri sto na Paixã0... a ca beça coroada de es– pinhos ... os olho tão nobres, cobert os com o sa ngue preciosíssimo. Ca nais de sa ngue sulcam o rosto . . . a boca, semi-aberta . A língua só fal a palav ras de pe rdão, de caridade . .. as sa– gradas mãos, traspassa das .. . pregos brutos, cobertos de sa ngue do Salvador . .. o lado de Cristo , ai nda não traspassado ... os pés, co- be rtos de sangue . . . • Oh! que sofrimento tremendíssimo! Só por ca usa da minha culpa, da minh a. fr aqueza, dos meus pecados , "Senhor, p~rdoai, porque vos crucifiquei ''. Eis um cami nho de meditação. Dedica-te à medit ação, pa ra aper feiçoares a tua vid a. O que nos falta hoje é o sa nto moderno, o homem, com tôda a instrução modern a de valor, que combi ne harmonicDmente com as exigências do re ino de Ci"isto, com as neces– sidades da vida prática. Todos os tempos ti veram os seus sa ntos próprios e especiais. Para nós fa lta o sa nto moderno. Não queres se r santo? Não queres imitar todo o Cri sto? Mesmo o Cristo na sua Paixão? Com tôda a vontade, com o coração arde nte, com todo o amor? P. Carlos Borromeu C. PP. S. 4 1

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