Quero - 1941
• tação dessa palavra nem semp re s igni fica a moça perfeita que prete ndes se r ? Faço, aqui, um peq ue no con vite pa ra te aliares às fileiras da Acção C ató li ca, embora sem compromisso algum, onde estudarás connosco, em nossas reuniões, êsse as unto, guiada, não por opiniõe::. cegas, à mercê do fanatismo, mas, orientada pelos ensinamentos seguros e impar– ciais da Igreja que, como boa mãe ex pe ri ente, procura dar a seus filhos uma educação a pa r da época em que vive m, sem deixa r que, iludi dos, sigam caminhos tempestuoso s , ou adqu iram hábitos contrários à dignidade da fam íli a cristã. As condições da vida fe minin a passa ram por uma grande evolução de po is da gue rra de 1914. As necessidades do momento, as dificul– dades surgidas após, a rrancaram a mulhe r do seio do lar, atirando a a tôda e spécie de tra– balho e responsabil idade, que. antes, só ·o ho– mem se julgava capaz de aceitar. Com êsse direito de agir, a mulher tomou novos rumos, seguindo por essa estrada ampla, onde a lu ta do ganha- pão de todo dia torna-se cada vez mais dificil de vencer; mas, não impossíve l, desde que se não deixe dom inar pelo pessi– mismo, nem se desvie do bom caminho em procura das encruzilhadas perigosas. E com essa transformação repentina na vida pacata da mulher, chegou - se a consi– dera-la com os mesmos direitos do homem . O exagêro dê se direito e o conceito er– rado do modernismo foram-se introduz indo 4 J. F. C . B. Belém-Pará-Brasil pelas fa míli as; e, hoje , é uma doença de que padece a maior parte da mocidade feminina. fazendo confundir o ser moderna com o tor– na r- se banal, facil e masculinizada, com o que desaparece todo o encanto da jovem e a te n– dê ncia da mulher pa ra o lar. Ser moderna , é saber, sem dificuldades, desve ncilha r-se dos apuros em que se vê er.– volvida uma jovem; é saber atravessar ruas e cortar esquinas, por entre mil olhares mascu– linos, com a indiferença de quem nada · vê; é saber dirigir-se a qualquer lugar, vencendo os o bs táculos que for encontrando, com a natu– ralidade de um homem; é saber executar tra– balhos e assumir responsabilidades, com per– feição e ~onfi ança em si; é saber resistir às fac ilid ades e às tentações a que se 111 p r e está ex posta a moça de hoje, com desprêzo sere no e altivo; é, fin :i lme nte, saber ser em todos os momentos da vid a, corajosa , desembaraçada, re so luta, modes ta e simpl es; 'não esmorecendo ante as dificuld ades em que se veja cercad a. Que o moderni smo seja bem compreen– dido pela moça de Belém ! Que, jamais, venha a ser uma sombra na su a dignidade e na sua con ciência. Que do fundo de sua alma juvenil, pura e sinceni, possa exclamar com galhardia: Sou moderna, mas continuo a aer mulher 1 Sou moderna, mas sou digna 1 Sou moderna, mas sou cristã 1 Sou moderna, mas sou obediente à Igreja 1 «Qh luz santa, os que veem a ti do fundo do abismo amam-te, porventura, com · um entusiasmo mais impetuoso que os outros, quando tu te maniÍestaste; mas, a preço de uma intensidade de miséria de que não podem fazer idéa os que tiveram a graça de nascer e crescer na fé». Jacques Maurltaln
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