Quero - 1941
quero l 1 J. f. e. B. - Belém- Pará- Bras il ""---''.....,,....,,..~..........,._..-...._~...,,...._..,..~~~ o C) o o " Scntinisnto ou .!)omini5mo ? A tcansformação nos costumes femini~os, ope: - rada com' a guerra de 914, bastaria por s1 só para caracterizar êste século cinematográ– fico, por exce lência. " S truggle for life" foi o imperativo unís– sono de após guerra, E nessa luta desenfreada, no sobrehumano esfôrço em busca de alimento, 0 chefe de família teve de lançar mão da re– s~rva feminina . A espôsa e as filhas, até e~tão pesos nu los na economia doméstica, precisa– vam ajudar. Por outro lado nas lojas e escri- · tórios, os pat~ões sentiam 'vantagens com as gen~ís auxi liares : o ordenado para uma moça podia ser muito menor que o exigido por um homem: Foi assim que as mulheres deixaram a agulha de "tricot" pelos "Deve e Haver" ; a "Singer" pela "Underwood'' ... Hoje, são tão raros os lares que conser– vam os moldes antigos de educação como são raras as moças que confundem ar_tistas da te la. Os pais também são modernos: durante o dia, trabalham; à noite, vão ao clube ou ao cinema. As mães têm imperiosos deveres de sociedade : visitas, festas , recepções. Os gestos de caridade são quasi sempre uma de– monstração a mais de "granfinismo". TI IfJ E .iLII Em tal ambiente, as filhas só têm uma preocupação : liberdade. O tipo dc!l "yáyá" se– nhorial , que tinha pavor de não casa r, desa– pareceu. A moça hodierna acostuma-se a ter um ordenado, a sair tres vezes ao dia, a dis– pôr de seu tempo como bem lhe aprouver, a manter relações com quem entender. Ninguem lhe pede satisfações e ela não as daria, inda que pedissem. Aí é que surge o perigo. De verdadeira– mente feminino só lhe resta quasi o nome do baptismo. Para completar, casa-se um dia. Habituada a governar-se, não admite que marido imponha proibições; ignorante de todos os mistéres domésticos, entendia-se terrivel– mente no lar. E surgem as incompatibilidades , as separações sem escândalo ou os desquites repletos de comentários. Esta é a questão feminina dos nossos dias. Como chama-la: Feminismo ou Homi– nisrno? O último parece mais acertado. Não é um nivelamento a o homem o que a mulher procura? ... Para a presen te doença social há só um remédio : Religião.
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