Quero - 1941

~ .Ser ~\ODERNISMO l Eis a palavra da act ualidade ! ~ Neste século de efectricidade, em que a força veloz e prepotente da máquina tudo ar– rebata e transforma, são também as creaturas arrastadas por êsse impul so de velocidade, que ac; obriga a modificar a maneira de pensar em relação a certos hábitos e preconceitos anti– quados, favorecendo-lh.es um agir mais amplo e desembaraçado, bem apropriado ao rádio, ao avião, à te levisão e a tantas outras fan tásticas creações modernas. Muitos há, eQtretanto, que, em discussões clamorosas, aprovam ou condenam o moder– nismo. Por que? porque, p~ra alguns, êle- apa– rece e é posto em prática de maneira extra– vagante e muitas vezes imprópria. Semelhantes aos tanques e aos aviões, que em luta destroem o bom e o mau, assim pretendem alguns ex– terrninlilr tôda a beleza dos hábitos e tradições moderna J . r. e. tl. Belem-Pará-Bras i 1 • Delegada j icista que, ao em vez de se oporem aos costumes modernos, servem para enfeitar a vida, dando-· -lhe um cunho de encanto na monotonia de todos os dias e, até, lançando-se contra a moral, pretendem, repito, extinguir muitos de seu s dogmas. O modernismo não deve ser uma guerra cega à moral, à tradição, aos bons costumes outrora usados pela família no regaço do lar; mas uma conciliação da vida à época que atra– vessamos cheia de tumulto e de inovações. Quero ser moderna! é a exclamação an– ciosa da moça de hoje. Sim, deverá ser para seu próprio bem e para proveito da ociedade em que vive. Mas, jovem que me lês, já pen– saste, um instante ao menos, no que vem a ser modernismo? Sabes que, no querer ser moderna, muita futilidade nos atrai e muitos perigos nos ameaçam? Sabes. que a interpre-

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