Quero - 1941

G 2 .J. f . e. B. Belém- Pará-Brasil [J_J Se o fu so tem nas mãos, os olhos cerra E parece-lhe vêr o doce Infante, E quando o Predilecto f az milagres, Quando João, suave, aos Gregos prega A doutrina do amor: Que outrora em Nazareth, Qual fresca rosa, qual botão fragrante Que na haste se inclinasse, - adormecia Nos braços de J osé. Que fiel retrato! Mas, enfim. se entrega A meditar em tal compensação : Jesus, um pescador .I .. • E quando nas manhãs douradas de Éfeso, Para a fonte cantando passa um bando : Se a corôa de espinhos tem nas mãos, Se os cravos duros e crueis revê, Envoltos no sudá rio: u Dum vultozinho loiro Ela se lembra: a cantarinha alçando Aos ombros punha e tôda num sorriso Compunha as tranças doiro . . . Melhor que nunca então seu Filho vê, Todo Êle sangue e f undas agonias A morrer no Calvário ! . .. Tóda enlevada, nem sequer falava, Tôda feliz, em pós seu filho ia Como sombra ao luar . . . Quasi lhe pesa então de ter saudades: , " O' amor de minha alma", em prece diz, Meu filho, meu Jesus, Agora... Dêsses bandos a alegria Parece-lhe tristeza, e o sol, escuro, Soluços, o cantar. No fim da tarde, quando a sós medita, Como que surge o seu Jesus ao lado Em sombra que se esvai ; O rosto divinal aos ceus alçado, Mãos e lábios em prece, como outrora, Falando com seu Pai. Eu triste, embora, tu, porém, f eliz, Bendita seja, pois, aquela hora, Fim da vida e da cruz ! " · Amor tão puro que de si se esquece - Uma rosa puríssima brotou Da alvura do jasmin ; Mas lágrimas de sangue provocou Que choradas no íntimo a tingiram Das cores do carmim. Maria, recebei os versos meus: L H E R Brotam êles de uma alma enamorada Do mesmo puro amor : . Stlo gemidos de harpa mal tocada, Slio gatinhas de orvalho cintilantes, Na vossa ruhm flor .I M E D E A z E V E D o

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