Quero - 1941

Muitas vezes, os parentes não querem pertur– ba r o agon iza nte· com c1 _ presença do padre. E tanta s são as coisas que afastam o sacer– dote nes ta hora importantíssima da salvação da a lma. Há também d ificuldades do lado do sa– cerd ote : o pad re está ausente ou na desobriga no inte rior .. . A Acção Ca tóli ca tem obrigação de tra– balha r neste campo de apostolado. , I - Sejamos sempre prontos em chamar o sacerdote. I 1 - Prepa remos. a mesa para a extrema– - unção. III - T ratemos os doentes, rezemos com êles, ofereçamos-l hes agua benta afim de que façam o sinal da cruz. IV - Espe remos a vi nda do sacerd ote na casa do doente. Que é a extrema-unção? No sa cramento da extrema- unção ou da santa unção, o doente, q ue o recebe, é ungido com o santo óleo e, como êste sacramento costuma se r o últi mo na vida, chama-se a esta unção "extrema". Só se pode receber a extrema u n ção quando se está gravemente doe nte. Isto não quer dizer que o padre só deve se r chamado quando o doente já estiver nas vascas da morte. Muito mal avisados andariam os paren– tes , se chamassem o padre só no último mo– mento, e cometeriam pecado se não o cha– massem, sabendo que o doente está em pe– rigo de morte. Para recebe r a extrema- unção, deve con– fessar-se primeiro, se isso possa ser, e, se já não é possível, a mesma extrema-unção lhe perdoa rá os pecados , se estiver conveniente– men te disposto. Quando o padre fô r chamado para dar a extrema-unção, deve-se preparar, antecipa– damente, uma pequena mesa cobe rta com uma toalha branca. Sôbre a mesa se coloca um crucifixo com duas velas de cêra, acesas , um pires com algodão limpo e um copo com agua . 10 J. f. C. B. Belém-Pará- Braei 1 No fim da extrema-unção oferece-se ao padre uma bacia com água e sabão para lavar as mãos. Esta água deve-se depois dei ta r num lugar decente. lncompreensivel é o êrro daqueles que julgam que o doente que recebe a extrema– -unção há-de morrer, necessàriamente, daquela doença. A extrema-unção foi instituída por Jesus Cristo para restituir o doente à saúde e, se isto não fôr vontade de Deus, para lhe faci– litar a viagem para a vida eterna, conduzindo-o ao ceu. O próprio Deus disse, pela bôca do seu apóstolo São Tiago: "Se alguem estiver doente entre vós, chame os sacerdotes da Igreja e êstes orarão, sôbre o doente e o ungirão com o óleo em nome do Senhor, e a oração da fé aliviará o doente, e, se tiver pecados , êstes lhe serão perdoades.'' De facto, quantas vezes não tem suce– did o que doentes, já abandonados pelos mé– dicos, depois da extrema-unção melhoram de repente, gozando depo is de uma saúde perfeita? Nas mesmas orações que acompanham a administração da extrema unção, o sacerdote pede a Deus que alivie o doente e lhe res– titu a a saúde anterior. O trabalho com os doentes e agonizantes traz conso lação. Pude fa zer no ano de 1940 cento e no– venta e oito extrema-unções. Perdi na zona rural da Sé de Belém 428 pessoa s, pela morte. Há di ficuldades imensas para chama r o sa cer– do te às ilh as e iga rapés . Mas os caboclos co– laboraram admiravelmente. Conseguiu-se um bom res ult ado : instruiu-se o povo na oca s ião da desobriga. E o povo chamou o sacerdote a tôda hora, dia e noite. Pub licou-se um li vro com as instruções necessá rias · "O ami go d os d oe nt e s ". ( Ed . Ba hi a 1939) Acção Ca tóli ca, à frente !

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