Quero - 1940

16 LEITURAS MISSIONÁRIAS J. F. C. B. BELEM- PARÁ ►i◄ 1111 TODOS - APÓSTOLOSI (Continuação) Depois, tendo aparecido, no princ1p10 do século XIII. as Ordens Franciscana e Domi– nicana, recomeçam com mais ardor as expe– dições de missionários, que desta vez se di – rigem para o Extremo Oriente, impenetravel até então e quási desconhecido dos Europeus . Os primeiros corajosos arautos do Evangelho, que chegaram até à Mongólia e à China, fo– ram os Franciscanos, os quais tiveram de afrontar incómodos inauditos, atenta a dificul– dade de tais viagens no século XIII. No meio dos missionários de S. Francisco de Assis - na maior parte italianos - que se dedicaram à conquista do Oriente, resplandece a gloriosa figura do B. Oderico de .Pordenone, o qual, depois de longas peregrinações atra– vés de todo o Oriente; e tendo voltado à pá– tria, escreveu uma relação das suas viagens, precioso documento de história e geografia de lugares visitados. Esta relação não é inferior ao Milione de Marco Paulo. Também os filhos de S. Domingos, com igual ardor apostólico, se dirigiram, no século XIII, até ao Extremo Oriente, como se de– preende duma carta de Inocêncio IV. Tempestade destrui'dora. - Mas, enquanto, segundo os cálculos humanos, se presagiava para as missões chinesas um próspero futuro, de repente se desencadeou uma terrivel tem– pestade, causada pelas revoluções políticas; que de~truiu aquela messe tão prometedora; e .ª ~ht~~ recaiu no paganismo. O último m1ss10nano da China, de que há memória, foi o Fr~i. Tiago de Florença, bispo de Qayton, ma_rtmzado em 1362. Sendo interrompidas de– po is tôdas a5 comunicações entre a Europa e o Extremo Oriente. durante quási dois sé– culos nenhum missionário conseguiu entrar no império cel este. Veremos, na segunda metade Pe. Guilherme MENCAGL!A 11111 do sécu lo XVI, recomeçar feli zmente a p rova outros arautos do E.vange lh o, ch eios d e cora– gem e de zê lo. POR NOVOS CAMINHOS No Novo Mundo . - Estamos no perí odo verdadeiramente clássico das missões; é o sé– culo de S. Francisco Xavier que renova os milagres dos primeiros Apóstolos . A descoberta do Novo Mundo fe ita pelo imortal Colombo (1492), abriu um novo e vastíssimo campo aos a rautos do Evange lh o. Até mesmo o próprio Colombo se pode cha– mar o primeiro apósto lo das terras por êle descobertas : com efeito, sendo a inda vivo, foi saüdado como "embaixador de Deus, en viado a revelar o Seu santo Nome nas regiões onde era ainda desconhecida a verdade" . Atrás das suas pegadas e até envia dos por êle, alguns santos homens apostó licos cor– reram a evangelizar aquelas imensas regiões ainda virgens . Entre estes se ass ina lou o do– minicano Bartolomeu Las Casas, que d uran te 50 anos trabalhou naquelas terras, e foi e é uma das mais luminosas figuras da história das missões. Um batalhão numeroso de missionários Franciscanos, Dominicanos, e, mais tarde , de Jesuítas, juntou-se ao primeiro punhado de apóstolos, e percorreu as imensas planícies que hoje formam o Canadá e os Estados Uni– dos da América do Norte; outros dirigiram-se para as montanhas da Colômbia, do Perú e do C'1ile. S. Francisco Solano, franciscano, S. Luiz Bertrand. dominicano, e S. Pedro Claver jesuita, são nomes gloriosos de todos conhe~ cidos, como são conhecidas as suas maravi– lhosas conquistas no Novo Mundo 4ue hoje é quasi inteiramente cristão. No Brasil, uma das glórias do povo luso, distingutm-se os jesuítas Manuel da Nóbrega

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