Quero - 1940
12 J. F. C . B. BELEM - PARÁ NOSSA LINHACiEM CR.ISTÃ TI A G O e Lapa Benincasa foram os virtuosos pais de Catarina. Nasceu em Sena esta extra– ordinária vi rgem, no ano de 1347. Quando começou a fa lar, tornou-se tão ama v e I e gra– ciosa que os parentes e ai:nigos gostavam de tê-la em sua com– panhia e ouvi r suas doces ·pa– lavras. Com 5 anos de idade, quando tinha de subir uma escada rezava em cada degrau uma Ave Maria, e, talvez, por causa dessa devoção, lhe foi concedida uma graça admira– vel: aconteceu a esta pequena virgem subir e descer as esca– das sem tocar os degraus, vi– sivelmente levantada no ar. Aos 7 anos de idade, consa– grou sua virgindade a Deus. Tão ardente era o seu desejo de apostolado que desejava ir para um lugar muito longe e desconhecido e vestir o hábito masculino na Ordem dos Do– minisanos, afim de poder ser util às almas em companhia dos outros irmãos, como fez Santa Eufrosina, que entrou num mosteiro de monges. Seus pais e todos aqueles que a conheciam ficavam admirados ao ver que nessa idade infan– hl já era tão virtuosa e cheia 1 ♦ SANTA CATARINA DE SENA, VIRGEM li Abril Sta. Catarina 30 de grande sabedoria. Quando Catarina chegou à idade dos 12 anos, conforme uso do seu país, nã0 saía mais de casa · e seus país, ignorando que se tinha consagrado a Deus, pen– savam em procurar-lhe um di– gno espôso . A mãe queria que oxigenasse os cabelos confo rme a moda e que se trajasse com mais vaidade, com o fim de agradar àquele que ela pro– curava. A menina não ta lava no seu voto esperando o mo– mento oportuno para mani– festar-se . Lapa conseguiu manda -la para casa de uma filha casada para que esta lhe incutisse a vaidade. Catarina, para não desgostar a irmã, cedeu um pouco. Em breve, morria a irmã e Catarina ficou com grande remorso. Foi então confessar– -se contrita, como se tivesse cometido um pecado morta l, a-pesar do confessor ter jul– gado não ser uma falta que de– vesse perturbar a sua conciên– cia. Os país continuavam a in– sistir nas suas propostas de casamento, recorrendo a um frade muito amigo para que com os seus conselhos a exor– tasse a obedt!cer. Porém, êste religioso, achando inabalavel a reso lução de Catarina e escla– recido pelo Espírito Sartto, disse-lhe: "minha tilha, já que desejas levar uma vida santa, para que os teus não te mo– lestem mais a ês te respeito, é preciso mostrar-lhes claramente que não queres casar." Cata– rina obedeceu, sofrendo uma luta tremenda em casa. Puse– ram-na na cozinha e em tra– ba lhos grosse iros. To d o s a desp rezavam e insultavam de mil modos . Entre várias cou– sas chamavam-na "miseravel" e diziam-lhe: "tu pensaste es– capar de nossas mãos, mas nós te atormentaremos até que prefiras morrer a viver". Esta virgem abençoada suportava tudo com uma .santa alegria e paciencia aàmiravel. Decidiu- < Conclui na pág. /4 J
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