Quero - 1940

7 J. f. C. B. BELÉM- PARÁ li família Cristã ♦ ♦ Pe. Emmanuel Chaptal ♦ ♦ ln] família cristã, isto é, a família que 1m tem como base a indissolubilidade matrimonial e é vivificada péla prática das virtudes cristãs, é, ao mesmo · tempo, a verdadeira célula do organismo social e o lar providencial, onde se pre– para o verdadeiro cidadão. A figura da humanidade renova-se constantemente através dos anos. Os ho– mens dividiram-se em tríbus diversas. As raças multiplicaram-se sôbre as imensas su– perfícies da terra. As nações agruparam– -se em massas densas e unidas. E essas mesmas tríbus, ráças e nações desaparece– ram e fundiram-se em outras nações, ou– tras trfbus, outras raças. . . Um sQ grupo conservou sua constituição essencial, seus caracteres princ{pais e sua função de edu– cadora da hum·anidade: A família. E por quê foi a família o único orga– nismo humano que, através dos séculos, sobreviveu a tôdas as destruições étnicas? E' que o Creador fixou-a em coi;idições de vida, físicas ou morais, qúe são de na– tureza inalteravel, estabelecidas para servir perpetuamente os seus desígnios. O homem afeiçoar-se-há à sua espôsa . tle formará um lar a que o seu coração estará sempre votado. Ele af conhecerá a fidelidade, a dedicação, o sacrifício mútuo dos gôstos e desejos. tle enco·ntrará alívio nas tribulações, coragem nas dificuldades e paciência nas angústias. Sua alegria será reproduzir os :traços da sua personalidade no seu filho, filho da sua espôsa, da companheira a que so– nhou unir tôda a sua vida, o seu pensa– mento mais íntimo, em busca da felicidade comum. Seus filhos, devendo-lhe tudo o que são, aprenderão, no amor filial, a obe– decer e mais tarde a mandar. O lar será a escola onde as almas se formarão nas virtudes domésticas, cíviqts e sociais, fmpossivel imaginar um verdadeiro · cientista ou industrial, um verdadeiro ar– tista ou agricultor, que não tenha tido uma formação dada por um pai ou uma mãe; quasi todos os cidadãos úteis, concientes e de valor, reconhecem que tudo devem à sua família e às virtudes de seus pais. Em vez de comprometer, frequen– temente, pelas leis anarquistas a obra orga– nizadora da família, em vez de diminuir a autoridade paterna, em vez de dissolver o .s Ia ç os conjugais com o divórcio, a sociedade tem um dever essencial: favore– cer o papel providencial da família. É ela o único poder de ordem, de disciplina e de sacrifício capaz de reparar os males das nossas civilizações modernas. Sómente a familía, no ,;:eu .desenvolvimento normal, pode fazer hGmens aplicados ao trabalho e cidadãos capazes rie compreender e amar a verdadeira liberdade, respeitando os direitos e os talentos mútuos. Um Estado moderno, exposto a todos os excessos da liberdade individual, a todos os conflitos sociais, produzidos pelo capita– lismo e industrialismo, a tôdas as perversi– dades das aglomerações urbanas, não po– derá evitar a iminente decadência se não encúntrar na prosperidade da família as condições do seu progresso, da sua fõrça e da sua vitalidade .

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