Quero - 1940

6 J. f. ·e . B. BE.LEM - PARÁ ra-~m. tens tu a cer– teza de te não ªEU VOU ACOMPANHANDO • • • perderes no caminho, tu que assim respondeste ao convite que te toi feito? Tens tu a certeza de que êsse atalho vai ter ao mesmo fim que a estrada rial por onde seguem os peregrinos do Reino de Deus? E' bem insensata essa tua coragem que te leva por isolados desvios ... Talvez não tenhas reflectido nisso, nem no muito que perdes não te juntando aos que caminham unidos pelo forte elo de amorosa obediência. Sim, porque estás negando a tua obe– diência ao Vigário de Cristo e, portanto, ao próprio Cristo : "aquele que vos ouve, a mim ouve", - não te lembras ? E se não tens a intenção de ofender ao Cristo com a tua desobediência, porque te obstinas em não acatar as ordens tão claras do Papa? ! Vejamos : a Igreja tem o direito de traçar aos seus . fieis, o programa de suas actividades, as normas de sua conduta; aprouve ao Papa, por sábios motivos, or– ganizar, para os nossos tempos, como opor– tuna forma de apostolado, a Acção Cató– lica. E é tal o seu empenho por esta obra, que declara: "tudo que se faz ou deixa de fazer em favor ou contra a A. C. é em favor ou contra os inviolaveis direitos da conciência e da Igreja." Tu, que dizes "acompanhar o movi– mento do lado de fora'', deves conhecer todos os ponderosos argumentos que se . invocam para provar à saciedade como se torna o nosso apostolado forte 1 meritório, rico e esclarecido, vivo enfim, sem cola– psos nem êrros, quando o penertamos no tronco da Igreja e nos tornamos os sar– mentos seivosos da Vinha do Senhor. Que– res ser tu o galho que foi cortado? Que– res tu tér um espírito rotineiro ante as DO LADO DE luminosas de– cisões da Igreja, que traçam segu– FORA ... " ras trajectórias para a salvação das almas? Não o creio. E' mais uma falta de re– flexão que desobediência ou indiferença; é impossível que teu coração cheio de fé não pulse com os corações que vibram, isó– cronos, á voz do Santo Padre; é impossí– vel que não sintas o arrebatamento das cru– zadas, o ardor dos exércitos, o entusiasmo dos coros ou das orquestras - de tudo em que perpassa, como uma rajada divina, êsse indefinível mas potentíssimo espírito d e união, de fraternidade, que leva os homens atraz de uma batuta mágica, de uma ban– deira, de uma Cruz, do Ideal, enfim. Ê im-· possível que furtes a tua alma à caravana que passa, cantando e sofrendo, pela estrada ria!, e que vás, sõsinha e mesquinha, pelo teu atalho tortuoso, sem largueza de hori– zontes, acompanhando-a do lado de fora, por que voltas acanhadas e sem beleza! Vem connôsco ! Tôda a Igreja te cha– ma, pela voz do seu Pastor ! Vem ! Nós somos os discípulos d~ Emaús: . primeiro, seguíamos o nosso cami_nho, falando de Jesus, é certo; mas, que vácuo tínhamos em ·nosso coração ! Só agora lhe medimos o fundo desde que êsse Jesus, tão vivo na sua Igreja como há 20 séculos, se tornou o nosso companheiro de viagem. Sentimos a sua presença confortadora no ambiente sagrado da hierarquia, em que se move o nosso apostolado, agora impregnado de um caracter sacerdotal, como jamais tinha tido. ( Conclui na página 20)

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