Quero - 1940
* R. 5 J. F. C. B. BELÉM -PARÁ NO TEMPLO fundo o silêncio. A nave erma de crentes, E.m sua grandeza augusfa e magestosa Parece adormecida. Lá no côro, entre as névoas matutinas, O órgão solitário, respeitoso, Não geme, não fem vida. Tudo é grande e terrivel nesta estância, Onde a lâmpada fiel do alto espalha Pálido, frouxo raio ; E onde, mais que tudo, santo; austero, Relembrando a presença do Deus~Homem, Q5fenfo~se o sacrário. De repente, porém, junto ao zimbório, No mais alto lugar do asilo santo, Por entre os colunelos, Um gorgear festivo de andorinhas Ouve~se fremulanfe, encantador, Em doces ritornelos. O' mistério da Augusta Sapiência! Que fremenda lição ao mundo l'ego forneces neste dia, Em que o templo, dos homens desprezado, •De passarinhos se enche, que descanfom Em límpida alegria !
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