Quero - 1940

uero jovem dizia-me : COMO SE l!VESSE ASAS ; ACHO-ME CAP A Z DE FAZER GRAN– DES COISAS E AT~ PEQUENINAS." Essa tinha compreendido que, sôbre as coisas peque– ninas ou grandes, a nossa alma pode pousar, como a ave sôbre o ramo. Mas que teria ela ditó se um raio ti– vesse abatido todos os ga– lhos ou se êsses galhos se tivessem quebrado sob a avezinha, carregada pur um fardo excessivo?! •Os homens gostam de escolher as suas tarefas . Os mais corajosos vão até o fim. Mas a própria ~aragem so– fre uma prova cruel quando o esfôrço, que devia triunfar, afinal é em vão, quer por motivos de algum obs_táculo, 3 Valot1 dos honra e a queda mesmo J. F. C. B. BELÉM- PARÁ neira pela qual se adapta _ao que lhe é, assim, pro– posto. Neste caso podia-se até inverter o provérbio () dizer : - Deus propõe por meio dos acontecimentos e o homem dispõe, sem dú– vida, co!11 a cooperação de Deus, que nunca recusa o seu auxílio . .. em apoteose. As circunstâncias não nos dão senão o encadeamento Todos os cristãos devem dos factos, escreve um es- co nhe c e r êste talismã. tadista; é a vontade humana Basta crer na providência. que deve "tecer a trama". Nesta corrente que tudo ar- rasta, não fatalmente, mas segundo leis de liberdade e de amor, há, sempre, meios de soerguimento, como há, sempre, mesmo nos maiores favores do destino, possibi– lidades de queda . Hã reveses que não pre- Verdadeira para a política, esta máxima o é também quanto ao nosso destino, sob a condição de não se– pararmos a vontade humana do beneplácito divino e da graça . quer - o que é mais duro - por culpa da– quele que, ao sentir- O revés é sempre um convite para . recorrer a Deus. rreveses Uma humilhação é -se responsavel, desa- nima . É então uma felici– dade conhecer . o talismã qtfe transforma a derrota em triunfo, o revés em judicam, como há êxitos que nada adiantam. O resultado depende uni– camente da alma, e da ma- o prelúdio da honra que se encontra em Deus. Uma queda é o primeiro passo para cair nos braços de Deus .

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0