Quero - 1940

16 LEITURAS MISSIONÁRI AS J. f. C. B. -· BELEM - PARÁ V ►+◄ Â 1111 TODOS APÓSTOLOS! ( CONTINUAÇÃO) EXPANSÃO DAS CONQUISTAS Perdas e compensações. - Roma, sede do Chefe visivel da Igreja, tornou-se o centro propulsor do apostolado. "Desde os primeiros séculos do cristianismo, os Pontífices Roma– nos empregaram todo os seus esforços em di– fundir a luz da doutrina evangélica e os be– nefícios da civilizacão cristã entre os povos que ainda "estavam sentados nas trevas e na sombra da morte." Na verdade, desde os pri– meiros alvores do cristianismo, o Papa con– sagrava bispos que enviava depois a fundar novas igrejas nas várias regiões onde era des– conhecido o nome de Cristo. Depois do edito de Constantir:io (ano de 313), tendo então a Igreja plena liberdade de expansão, o aposto lado toma novo incremento e alarga o círculo das suas conquistas . O tra– balho interno, que, com as heresias e os cis– mas, aflige :i Igreja, não impede que esta se expanda. Com efeito ela, enquanto que, com os concílios onde eram condenados os êrros, provê à integridade e à pureza ·da sua dou– trina, com a pregação do Evangelho procura novos prosélitos para assim reparar as perd'as sofridas por causa das revoltas dos seus filhos. O Oriente cai, em grande parte, numa mise– ravel apostasia, devido, em primeiro lugãr às heresias de Ario e Nestório, depois ao apa– recimento e propagação da nefanda seita de Maomé ( séc. Vil) e mais tarde ao cisma de Fócio (séc. IX). O Ocidente soube perservar-se do con– tágio do êrro pelo vigilante cuidado d_o~ Pap_as e pela vigorosa defesa da verdade catoltca feita pelos grandes doutores da Igreja . O apareci- Pe. Guilherme MENCAGLIA HIii mento do Monaquismo foi para a Igreja do Ocidente um facto providencial : a gloriosa or– dem b e neditina (séc. VI) pôs o serviço da Igreja uma nova milícia, destinada a cc~bater as mais belas batalhas em favor da Fe. A Europa cristã. - Falemos muito re– sumidamente das conversões que se deram na Europa no período que vai do ano 400 ao ano 1000. Nos sécu los V e VI, S. Patricio con– verte a Irlanda e Sto. Agostinho a Inglaterra; no princípio do século VIII, S. Wilibrordo leva a Fé à Holanda, à Dinamarca e à Noruega , e S. Bonifácio estabelece a Igreja na Alemanha . Nestes tempos os reis e as rainhas fazem-se apóstolos de Cri sto a Quem submetem ·os seus povos. Assim Clovis, com a sua conversão ( 496 ), leva a França à Igreja Católica; Teo– dolinda, um século mais tarde, converte os Lombardos; Sto. Eduardo, rei da Inglaterra, Sto. Es têvão, rei da Hungria, e S. Canuto, rei da Dinamarca, consolidaram os respectivos reinos, sujeitando-os completamente à doutrina do Evangelho, e mais tarde Carl os Magno, com S. Ildegonda sua mulher, traba lh ou pela con– versão dos Saxões e dos Visigod_os. · Dêste modo, cerca do ano 1000, tôda a Europa é cató lica e a Igreja conta 50 milhões de pessoas que lhe obedecem. Assim são com– pensadas ex uberantemente as perdas sofri– das no Orien te. Em regiões inexploradas. - Depois do ano 1000 a obra de evangelização deixa de avançar territoria Imente, e dedica-se, com tôda a intensidade, a consolidar, nos países já con– vertidos , as conquistas já feitas . As Cruzadas, iniciadas em 1097, reacenderam um pouco, no Oriente a chama da Fé, q ue já tinha sido apagad~ pela penetração do Islamismo. ( Continua)

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