Quero - 1940
dança é tão antiga como o mundo. Foi , sem dúvida, can- Fi tando e batendo palmas que os primeiros homens ritma- ram as danças primitivas; e, mais tarde, foi ao som da flauta que marcaram os movimentos, enquanto tinham encontrado a lira e a harpa. não Na antiguidade, desde o seu m1c10, a d4nça assumiu sempre dois aspectos: sagrada ou hierática , destinada às ceremónias religiosas , e profana , s ervindo às di versões públicas e populares. Ainda hoje, os povos sel vagens conservam essas duas características da dança: danças religiosas e às vezes fúnebres , e danças alegres. A Bíb lia nos d iz que a dança era usad a fr e qu e ntem en te entre os hebreus. Sabemos que David d a nçou em frente à Arca . Desde que saiu do Egi to, o povo de Moisés tinha as suas d;rnças s a g rad a s , danças misteri o– s a s que fazi am parte do culto, como se vê– aliás por corrupção- no episódi o do Bezêrro de Ouro. Os heb r eus ti n ham, tam bém, dan ças nobres, que a s virgens de Is rael executava m nas ceremón ia s pública s pa ra celebrar felizes acontecimentos , tais como as vi tórias sôbre os inimigos e para exalta r a gló ria dos heróis da pátri a . Entre os Egípcios, também, a dança era tida em muito aprêço. Mas foi en tre os Gre– gos , povo essencialmente artista, que a dança, obrigatória na educação nacional, atingiu o seu maior esplendor. Fazia parte, não so– mente de tôdas as ceremónias religiosas, sole– nes ou civis , mas também de tôdas as di– versões, de todos os jogos públicos, adaptan– do-se a tôdas as formas e amoldando-se a todos O '.i ãssuntos , numa extrema variedade. 8 J. f. C. B. ----- - -- BELEM - PARÁ respeito .da Havia danças militares, das quais algumas dedicadas a Minerva, que se dançavam com a espada, a lança e o es– cudo; havia as que eram dan– çadas pelas virgens e, contras– tando com a simplicidade des– tas , as dedicadas a Baco, grosseiras e impuras etc. Dos Gregos, a dança pas– sou para os Romanos; mas, enfre êsse povo pezado e sem arte, perdeu logo a sua graça e a flor da sua poesia . Os Romanos desprezaram a dança e não a cu Itiva r a m senão como ~spei::táculo, so– bretudo na pantomima . Não teve, por isso, entre êles, nada de especial. Na verdade, se aplaudiam e pagavam regia– mente os dança rin os , despre- D fi N ç l1 ••• zavam a dança a té\l ponto que um nu b re se via privado de seus títul os se caía no "crime 11 de dançar. Na França as antigas danças eram no– bres e pomposas (a sarabanda , a pavana, a ga vota, o minueto) ou no género vivo e a le– gre ou, ainda, roman escas. A quadrilha tornou-se quasi universal. Ma is ou men os em 1890, o " boston" apa– receu em França , vindo da América , e con– quistou a simpatia geral , chegand o a sup lan– tar a velha va lsa. Por 1910, a pareceu o tango , que depois
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