Quero - 1940
NO ARTIGO QUE ABAIXO PUBLICAMOS, O P. H UBERTO ROHDEN, D IRECTOR DA CRUZADA DA BOA IMPRENSA E DEDICADO AMIGO DA " qUERO", FOCALIZA UM PROBLEMA DOS MAI S INTERESSAN– TES DAS GRA NDES Q UESTÕES MODERNAS. COM A SUA COSTUMADA CLAREZA, !'...U L VE– RIZA A IDÉA DO ESTADO • TOTALITÁRIO, OPONDO– -LHE A DIG N IDA DE HUMANA, MAGISTRALMENTE RECORTADA P ELO A CTU A L PONTÍ FICE, NA ENCÍ– CLICA " S UMM I PONTIFICATUS". ~S regimens ditatoriais da actuali– ~ dade colocam o Estado acima da personalidade dos seus cidadãos. O Es– tado é o fim, a pessoa é apenas um me10. Tanto mais util é a pessoa quanto maior a vantage m que dã ao Estado . É esta a ideologia que preside ao comunismo, ao fascismo, ao hit!erismo – e a mais alguns "ismos" . Segundo essa filosofia, o indivíduo não pa~sa duma roda ou alavanca nesse grande meca– nismo estatal ; a função precfpua da pes– soa é servir ao Estado , quer na paz produzindo riquezas , quer na guerra de– fendendo o torrão natal. A personali– dade não tem um fim intrínseco, ine– rente ao seu próprio ser; o seu valor não é imanente, senão apenas trans– cendente ; vale pelo que produz, e não pelo que é . 6 J. F. C. B . BELEM - PARÁ PERSONA– LIDADE~. ou .ESTAD01 jji fP. 9-(uberto .CRohden Contra essa concepção im– personalizante do h o mem in sur- , ge-se com tôda a veemencia a Igreja Católica, como porta-voz da razão e da fé, reivindicando os intangiveis direitos da perso– nalidade humana . Com efeito, à luz da razão e da fé, é absurdo e injurioso querer subordinar a personalidade ao Estado , degradá-la a uma sim– ples peça no mecanismo soc ial. A pessoa é anterior ao Estado . Pos– sui direitos que o Estado não pode amesquinhar. •••
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