Quero - 1940
.. <1uero 4 J. f. C. B. BELÉM- PARÁ MJIM.1/E, FELIZ NJZ/TJlb . .ÃE! PALAVRA ouE ,É Tooo y UM UNIVERSO .. . E' a nossa vida inteira que aí se con– d.ensa . . . Antes de nascermos, já nossa mãe é o nosso pequeno e mister_ioso mundo... Depois, sua providência conti– nua a envolver-nos, vida fora, com o mesmo calor de protectoras entranhas: suas mãos que não ma is precisam talhar faixas, talham a esteira do nosso futuro; seus olhos , que não podem mais vigiar nossos passos, erguem-se ao ceu, cheios de lágrimas e esperanças, ousando de– marcar com estrêlas o caminho do nosso porvir; seus braços, onde já não cabe– mos, descaem ao longo do corpo, can– çados da faina que paga, vezes muitas, os nossos triunfos; seus lábios que já não entoam a doce cantiga de ninar - ah! seus lábios, que poema não são?! quem poderá contar as preces que dêles se evolam? quem poderá adoçar as amar– guras qu êles calam? Mãe! palavra impotente para tão alt? sentir. Que de admirar, pois, se é o pn– meiro nome que aprendemos e se, em muitos lábios moribundos, êle se mistura ao de Jesus? 1 Enquanto a mãe vive, há sempre para o filho, mesmo adulto e afeito aos temporais da vida, a certeza de um porto acolhedor, de uma lareira sempre acesa, de uma porta sempre aberta e, sobretudo, a vaga impressão, que lhe ficou da ex- periência infantil, ·de ter uma fortaleza anteposta à guerra do mundo brutal ou um velário discreto ante um público iró– nico - alguem, que não deixa que o atinja o fogo da metralha ou os risos crueis da multidão. E quando a mãe morre, o filho, - mesmo afeito aos temporais da vida - sente que a luz lhe bate mais cruàmente nos olhos: está na ribalta da vida, sem o ·incentivo do maternal sorriso, está no "front", como já disse alguem, sem a muralha de um coração inquebrantavel. Mães humildes, na penumbra anó– nima dos lares, plasmando cristãmente as personalidades futuras, mães de epo– pea, no cenário homérico da História, cingindo, com a alma dolorid-a mas 0 gesto firme, a flamejante espada ao lado do filho adolescente, para as grandes ar– rancadas do patriotismo, mães católicas e generosas, prendendo com triunfante renúncia, o veu de religiosa na fronte pura da filha idolatrada, sois tôdas, na abnegação de vós mesmas, a mais per– feita glória do amor humano. As mães de nossos dias têm visto abr ir-se, para a mocidade, trilhas que ainda não tinham sido pisadas pela juventude da passada geração; uma vocação nova exigiu da gente moça o seu . ardor, as suas fôrças, a sua actividade: a Acção Católica surgiu, cqngregando a juventude, côncia de novos deveres, de inadiaveis exigências morais. E' essa juventude - a Juventude Fe– minina Cató lica de Belém - que, hoje,
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