Quero - 1940
• 16 LE ITU RAS MISSIONÁRIAS J. F. C . B . BELÉM-- PARÁ 11111111 TODO AP OLO 1 ■ CAPITULO li Uma corrida através dos séculos Em todos os tempos os nossos pre– decessores cumpriram fielmente o divino mandato de ensinar e de baptizar tôdas as gentes; e os sacerdotes, por êles en– viados, esforçaram-se por iluminar, com as luzes da nossa Fé, primeiro a Eu– ropa, e depois tôdas as terras desconhe– cidas à medida que iam sendo desco– bertas e exploradas. Pio XI na encíc. Rerum Ecclésiae. 1-As primeiras conquistas. 1 º - Evocação sublime. - Triste é o es– pectáculo oferecido pelo quadro que acabámos de contemplar: três quintas partes da huma– nidade gemem debaixo do humilhante jugo de Satanás. No entanto a luta contra o inimigo formidavel dura há 19 séculos, lenta, mas ininterrupta, e a Igreja de Cristo tem estado sempre ao ataque com os seus mais aguerri– dos soldados : os missionários. E, se nem sempre os heroic0s esforços dos combatentes têm sido coroados de bom êxito, se a luta não conseguiu ainda destroçar inteiramente o inimigo, isto deve-se a várias causas que não vêm para aqui agora. Podemos no entanto afirmar que, ao menos em parte, o facto se deve à falta daqueles meios humanos que são indispensáveis à consecução do fim que se tem em vista. Porque, é bom advertir, a conversão do mundo ao Evangelho, se é, antes de tudo, obra da graça de Deus, é também obra hu– mana enquanto Deus quis servir-se do con– curso dos homens, tornando-os, como diz S. Paulo, seus coladoradores na salvação das almas. Ora é forçoso confessar que, no pas– sado, esta cooperação foi muito escassa, ao menos por parte da grande maioria dos fieis, que não secundaram , quanto deviam e na me– dida da importância da luta, os nobres esfor– ços da Igreja. Pe. Guilherme MENCAGLIA lilll Deixando para outro lugar êste assunt<\ qu_e havemos de estudar mais amplamente, ve1amos agora como decorreu , através dos sé– cul os, .a luta pela conquista das almas; co– meçando d~sde o início da Igreja nota remos, embora rapidamente e de passagem, os acon – tecimentos mais importantes que marcam a dif~ são progressiva da luz do Evange lho no meio das trevas do paganismo. . Esta evocação magn ífica fará passa r de– ba i xo dos nossos olhos a epopeia subl ime da Igreja, porque a história da evangelização do mu~do é a hist-0ria d~ Igreja, cujas páginas mais belas foram escritas pelas missões. 2. º - A Igreja e a sua missão. - Jesus Cristo iniciou êle próprio a luta contra·Sa tanás cu j o orgulho rebaixou; e, antes de voltar par~ o Pai, deixou à sua Igreja a tarefa de conti– nuar a grande lut~, _da_ndo- the as armas apta s para combater o 1n11rngo, comun icando- lhe a sua virtude vencedor2, e prometendo-lhe a vi– tória final. Na verdade o fim principal ou melhor, o fim essencia l da Igreja é a ~on– quista do mundo, dominado por sa tanás, para nêle estabelecer o domínio real e de facto de Jes~s Cri~to, ~fi imorta_l dos séculos, segundo esta escrito : Dar-te-ei as nações como tua herança, e como teu domínio os confins da terra." (Salmo 11, 8) A "Verdadeiram_en te a Igreja, dilatando por toda a terra o re ino de Jesus Cri sto outra coisa não tem em vista senão tornar 'todo 0 género humano participante dos frutos da Re– denção". ( Encíc. Rerum Ecclésiae) Eis o divino mandato : "Assi m como 0 Pai me _enyio~,, também eu vos envio a vós. Ide, ens111a1 todas as genfes. Pregai o Evan– gelho a tôda a criat ura. Quem acredi tar e for baptizado será salvo; quem não·acreditar será condenado." Com estas solenes pa lavras con– fiou Jesus Cristo aos seus Apóstolos e na pessoa dêstes à Igreja, a missão de s~jeitar ao seu cetro todos os homens para lhes co-
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