Quero - 1940
rania de Satanaz, têm necessidade de todo o apoio da retaguarda, isto é , de todos os cató– li cos da Europa e da América . O concurso humano na obra divina . - Fal ar de luta quando se trata da con versão dos infleis não é uma figura . de retórica: trata-se duma verdadeira luta para vencer Satanaz que reina sôbre um bilião e trezentos· milhões de súbditos ! tra ta-se de assaltar o inimigo nas suas posições bem frut ificadas e expulsa- lo daí. O ra , nesta luta , que tem por fim liberta r os escravos dos ferros de Satanaz para dar a Deus, ou melhor, co nve rte r todos os hpmer.s median te a participação efecti va dos fru tos da Redenção, ope ram - por via ordinária - duas actividades : a actividade in visível do Espírito Santo que guia, po r caminhos ocultos, as almas para a graça, e a actividade externa da Igreja, que opera por meio do apostol ado, para levar O PODER -DO .(;INE:Jli-1 ( Conclusão da pág. 7) que pode produzir. A rápida e assustadora di s– .solução da família brasileira, muitos a atribuem à nefasta influência do ci!1erna americano. É ne– cessário cristianizar essa fôrça incomparavel. É indispensavel dirigi-la para o belo, para o puro, para o verdadeiro. Se ela não quiser dei– xar-se dirigir, é mistér conduzi-la à fôrça, me– diante uma campanha de opinião e de abstenção. Esboça-se, entre nós, um movimento sa– lutar em prol do bom cinema. Êsse movimento encontrará sem dúvida grand e s dificuldades. Aqui, como em tudo o mais, os filhos das tre– vas são mais prudentes que os filhos da luz. Demais, o que eleva o homem ferido pelo pe– tado é ascensão penosa; o que o degrada é ladeira abaixo. Mas, quem trabalha, cedo ou tarde, colherá o fruto de seus esforços. Os que se empenham nessa obra verdadeiramente pa– triótica e eminentemente cristã devem encon– trar o decidido apoio de todo católico, ou me– lhor, de todo brasileiro desejoso de pôr um dique a essa onda de corrupção que vai mi– nando pela base nossas nobres tradições de honradez e de respeito à instituição . familiar. 20 J. F. C. B. Belém-Pará-Brasil essas mesmas almas a Deus e dispô-las para receber a graça. · Dissemos por via ordinária, porque foi o próprio Jesus Cristo quem assim determinou , dando à Igreja a _missão de converter o mundo, quando disse aos Apóstolos e aos seus suces– sores : "Escolhí-vos para que vades : Ide e en– sinai todos os povos." Corrio já vimos, o apos– tolado é o fim principal da Igreja . Eis o ele– mento humano associado ao elemento divino na obra sublime da Redenção. Com efeito, "embora o Divino Salvador tivesse podido, sem auxílio de ninguem, estender os benefícios da Redenção a todos os povos dà ter.ra , quis que isto fôsse trabalho dos séculos e que assim todos fôssem chamados a ser os seus colabo– radores na sua obra redentora." Por isso, por via ordinária, para a sal– vação dos homens é preciso também o nosso concurso. Sôbre a importância e eficácia da coope– ração dos fieis na obra da propagação da Fé no mund o, escutemos o Pe. Manna que es – creve : " E' uma verdade incontrovertida que os fi eis têm uma parte importante, mesmo neces– sá ri a, no apostolado da Igrej a, de modo que, sem uma grande, activa e contínua cooperação dê les, de pouco valerão os esforços dos Bisp0s e dos mi ssionários." O DEVER DA COOPERAÇÃO Grande favo r e grave responsabilidàde.– É com certeza uma gr a nd e benevolência da parte de Deus o fac to de B)e nos ter a~sociado, como seus co labo radores, a obra adm1ravel da Redenção ; é um favor ines timave! q~e _ÊI~ n0s ten ha fe ito ins trumentos da sua m1sen cord1a em benefíci o de tantos infelizes ; q~e te nha posto, para assi m di zer, nas ~oss!s maos, o p~eço do resgate de muitíssimos irmaos nossos ate agora escravos do demón io. . . Mas é também uma grave res ponsabili– dade que nos é imposta; hão-de nos_ ser pedi– das contas diz Pio XI, "se uma so alma se perder por' nossa indolência, por f~lta . d~ ge_n~– rÔsidade da nossa parte, se um so m1ss10nano tiver de parar porque lhe faltam aqueles meios que nós lhe podíamos ter dado." (Continua no próximo número)
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