Quero - 1940

- Divantos plenamente, intensamente ~ I. L. Duffner M. S. C.~ T ODOS os homens,_mesm? · os s a n tos, s ao u rn– came n te " n a d a" -– "nada'' repleto de graças e, entretanto, inc)lnado ao mal e ao pecado. Somos todos abismo de miséria . "Não conheço a conciên– c ia do criminos o; co– nheço a do homem ho– nesto e ela me deixa apa– vorado'', são palavras de um pensador cristão. "Tenho vergonha de mim", confidenciava Sta. Tereza do Menino Jesus a olhar de frente a5 inú– meras misérias da natu– reza humana. Este aspecto de nossa insondavel miséria deve tornar-nos bem pequenos e humildes diante da in– finita grandeza e santi– dade de Deus . Mas, so– bretudo, deve levar-nos a afastar o nosso olhar de nossas deficiências e feal– dades para o l~vantarmos unicamente a Deus; deve levar-nos a nos esquecer– mos de nós próprios para acharmos a nossa felic i– dade nesse oceano de perfeição. R e a I mente, p e I a ca ri d a d e, n ã o se torna Deus nossa pro– priedade com seus tezou– ros infinitos, e não se -co– loca à mercê dos nossos desejos? Quem tem amor a Deus, seja êle o maior dos celerJdos, o mais mi– seravel dos homens, tor– na-se instantaneamente,na sua alma justificada e san– tificada pela graça abun– dante de divinas riquezas, torna-se, dizíamos, belo da própria Beleza de Deus, inteligente e sapiente com a sua Inteligência e Ciên– cia, sábio com a sua Sa– bedoria, bom com a sua Bondade, caridoso com a sua Caridade, forte com a sua Onipotência para combater os inimigos e realizar todo o bem . . . J. f. C. B . Belém- Pará- Brasil A melhor maneira de sa– near o montµro que somos não será substitui-lo pelo melhor dos bens? Assim fa– zem os santos. Santa Tereza do Menino J " ' esus escreveu : com- -preendo tão bem que só o amor é capaz de nos tornar agradaveis a Deus, que é o amor o único tezouro que ambiciono .'' "A caridade - diz ainda a mesma santa - indicou-me a minha vocação... Compreendí que o amor abrangia tôdas as vocações, que o amor era tudo, que ele · abraçava todos os tempos e todos os luga– res porque é eterno . . . No cora– ção da Igreja, serei o Amor! assim serei tudo e realizarei o meu sonho ... Como é suave o caminho do amor! Sem dúvida, podemos cair, cometer infidelidades, mas o amor até disso sabe tirar lucro; rapidarri"ente con– some tudo que pode desagradar a Jesus, não deixando no fundo do coração senão uma humilde e pro– funda paz .. . Quero s~r esquecida não só pelas criaturas, mas também por mim, para não ter mais senão um desejo - que é o de amar a Deus ''. Só nisto, na _verdade, reside a su– prema sabedoria: fazer-se pequeno, esquecer-se para pensar em Deus e ama-lo sem reserva e sem medida, agradar-lhe, abandonar-se a Ele . Não há meio ma_is eficaz para dar a qual– quer vida humana o máximo de seu v~dor.