Quero - 1940

que se está notando, de dia para dia, em nossa mocidade feminina, é a preocupação da moda, da moda que já está ofensiva à. nossa civilização cristã. Há uma "fúria" de - enfeites, de balangandans, de penteados e pinturas, ve rdadeiramente ~scandalosa. "Maria vai com as outras" esqueceu-se da modéstia cristã e até do bom senso natural : ofende- se a primei ra com o en– curtamento vergonhoso das saias; faz-se rir o segundo, tamanqueando estrepito– samente com sapatos de pau sôbre não sei que invisiveis praias da rua João Alfredo. E todos estão contentes! "Maria vai com as outras", claro, está contente. E a mãe de Maria .. . também. Todos?! Não. Há quem. lamen te e há quem condene. Condena-se o êrro e la– mentam-se as pobres tolinhas, que escoam sua mocidade sem um ideal enobrecedor, surdas à voz do Papa, a que, no entanto, devem obediência, já que suas almas foram marcadas com a Cruz da Igreja, no dia de seu baptismo. Surdas e cegas, que não pedem: "Senh :1 r, fazei que eu veja!" Cristãs, que apostatam do seu credo todos os dias, queimando incenso ao mundo, 2 J. f. C . B Beléni-Pará-Bras i 1 ao diabo e à carne sempre que, aos pés, calcam o pudor e _a caridade, estrangulando, pelo indiferentismo religioso e pelo egoismo desenfreado, as virtudes infusas de sua alma. Moças de Belém, não tendes olhos para vêr no espelho, que tantó consultais, . o progressivo exagêro das cores, com que pintais o rosto? Não tendes discernimento para julgar como empregais a vida? Nunca ouvistes falar do apêlo angustioso do Papa, que pede apóstolos - apóstolos, si 111, talha– dos em almas femininas como as nossas? Queres tu, mocinha que me lês, ser sem– pre a "Maria vai com as outras" que não reage, não reflecte, não mede, no descala– bro em que todos vão rolando? Para e medita! Emprega melhor tua fôrça joven, tua inte ligência e teu coração! Vem procurar na Acção Católica a direcção para •a tua vida! Abre, ao largo, as tuas asas cativas a que tolhes os altos remígios ! Não sabes, talvez, que murmúrio el e desaprovação segue a tua passagem . . . É que, em vão, o olhar procura na radiosa flor da . tua idade, dessa idade o tímido re– cato da candura em flor . . .

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