Quero - 1940

NOVEMBRO - 1 q40· Rev ist a mensal J. f. C. B. Belém-Pará-Brasil ARA caracterizar aque las pessoas que não parecem ter critério próprio, tem o povo_uma expressão breve e pitoresca que traça , ime– diatamente, o perfil vago e amorfo dêsses ' 1 carneiros" intelectuais. "Maria vai com as ?utras" é a moça pronta a fazer tábua rasa de tudo que achara, _talvez, o mais digno, o mais belo, o mais justo, mais de acôrdo com sua educação e seu meio. para dizer um amen precipitado, indulgente e mesureiro às imposi ções que as "outras'' lh e apresentam. Cabecinhas de catavento, leves, ôcas, sempre levantadas como espigas vasias, ei-las é\ virar ao sôpro de tôdas as aragens que, caprichosamente, afagam sua vaidade– zin ha ridícula. São pontos de honra no có– digo elástico de suas leis : a côr de um "bâton", a disposição de um "cacho", a colocação de um lenço, o turbante de Car– men Miranda e as conversas - oh! as ado– ra veis" conversas! - pontilhadas de "êle e ·RUDEMENTE HELEN A SOUSA el-a". Quando essas Maria vai com as outras passam _na rua, quando saem _da ''matinée" ou da matinal (pobres filólogos!) muito pintadinhas, muito envernizadinhas, muito frizadinhas , mui to preocupadazinhas com sua pessoazinha - ai ! dão vontade de chorar! Isso é juventude?! Isso é mocidade sadia e cristã?! Isso é espírito largo e moço?! Não, mil vezes não! Isso é paganismo, isso é materialismo, retrocesso ao tempo em que a mulher se escravizava no gineceu do palácios, mero objecto de deleite, sem a dignidade que o Cristo lhe conferiu - Cristo, o nosso liber– tador, de Que tanto nos esquecemos! Admitamos que a moça se prepare com donaire e graça; mas, não, que ela os– tente pelas calçadas ou pelos cinemas um berrante cartaz de reclame, afixado como um chamariz em mercadoria à venda . O

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