Quero - 1940

20 LEITURAS MISSIONÁRIAS J. F. C. B. BELÉM- PARÁ ~ ►+◄ ... 11111111 TODOS APÓSTOLOS! (Continuação) 6-0 Síntoísmo. - É, digamos assim, a reli gião nacional do Japão, nascida nes te país, fo rmada por uma mistura de natural ismo, de idolatria e de feiticismo. O sol, «Amaterasu», é a principal divindade, e desta ti ra origem a dinástia reinante. Portanto o Imperador, como filho do sol, é circundado por uma auréola divina, e é até considerado como um deus, e tem em vida honras divinas. O Sintoísmo con– sidera como divindade as fôrças da natureza, como a luz, o fogo, o vento, etc., e os homens que se tornaram célebres pelo valô r, pela ciên– cia, ou por benefícios prestados à nação. Porém não é esta a única reli gião dos Japoneses. O budismo, desde a sua origem, introduziu .!se no Japão, e adaptando-se, por assim dizer, às exigências do sintoísmo, no que diz respeito aos deuses nacionais, consegui u conquistar a massa do povo. De modo que hoje as duas religiões, o sintoísmo, mais ou menos puro, e o budismo, dividem entre si, quási igual– mente, o domínio da conciência dos Japo– neses. 7 - Anímismo - Alguns consideram sob a denominação genérica de animismo as res– tantes religiões primitivas dos povos mais rudes e selvagens da África, da Octania e da América. E, como essas religiões têm, o mais das vezes, práticas feiticistas, são também chamadas com o nome de feiticismo . Nestas religiões, que são di versas se– gundo os lugares, segundo os graus de civili– zação os povos que as professam, admite-se ge– ralmente a existência de um ser supremo; mas, além disto, admite-se também uma · multidão enorme de espíritos que povoam 0 mundo , exercendo nêle uma influência quási sempre maléfica. Daqui a necessidade dos sacrifícios, algumas vezes cruentos, e até de vitimas hu– manas, para aplacar êstes mesmos espíritos e impedir que possam fazer mal; daqui resulta o feiticismo mai s grosseiro, que se exterioriza r:i adoração de animais e plantas, habitados, Pe. Guilherme MENCAGLIA 11111 como julgam, por êstes seres misteriosos; da– qui a prática de tôda sorte de bruxaria e de ritos estranhos e nefandos. , · Eis, em resumo , as religi ões principais que dominam em conjunto sôbre mais de um bilião de consiências. Eis o reino de Satanás! Ili - A infeliz condição dos infleis. ' 1.º - Aberrações e absurdos. - A supe- rioridade do cristianismo sôbre tôdas as outras reli giões, pelo seu conteúdo religioso, étnico e socia l, é uma verdade que não precisa de ser demonstrada. Mesmo pelo pequeno resumo que demos das religiões dos infieis, é facil perceber a enorme inferi oridade destas, comparadas com o cristianismo. No entanto, um breve exame que apanha o sistema religioso, os ritos e as dout rin a s mo ra is destas reli giões, far-nos-á ver melhor a profunda deformação que elas fizeram do próprio conceito da divindade e do culto com que se deve honrar, e a enorme perversã o do sent imento moral que causaram com as suas perversas e funestas doutrinas. E êste exame levar-nos -á a concluir que muito infeliz deve ser a condição dos três quintos da human idade que seguem estas fa lsas reli– giões, pois que andam às apalpadelas nas trevas do êrro e estão na mais profunda das abjecções . Com efeito, examinan<lo o conteúdo dou– trinal das religiões idolátri cas acêrca da di– vindade, vemos que estas ou esqueceram com– pletamente a idea de um deus supremo único criador e conservador, como se ti nha r~velad~ ao primeiro homem, ou desvirtuaram e falsi– ficaram de tal modo o concei to da divindade que caíram nos mais monstruosos absurdo~ que repugnam ao senso comum. Os astros e as fôrças da natureza os homens e os ani– mais, ainda os mais r~pelentes, as plantas , as (

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