Quero - 1940

obra do missionário, é tão preciosa que não se pode avalia r nem exprimir com palavras. E se pensarmos nos países maometanos como em alguns lugares da f ndi a e da China, onde as mulhe res não podem tratar nem siquer apro– x imar-se de homens estrangeiros, fa ci Imente compreenderemos que a obra da Irmã missio– nária ·é, nestes casos. indispensável para trazer os infleis à nossa religião. Não posso fazer senão uma breve refe– rência aos benefícios da Irmã missionária nas obras de caridade, na instrução da juventude femi nin a e no campo puramente religioso. Seria preciso vê-la a derramar as ter'nuras dum co ração m_aterno sôbre meninos abando– nad os por pais deshumanos, sôbre velhinhos infeli zes, pá ri as de uma sociedade sem coração, recebidos nos asilos abertos pela caridade dos. missioná rios ; se ria preciso vê- la atarefada nas e nfermarias dos hospitais, a imolar- se nas le– prosa ria s, a curar ·a mais terrí vel das doenças que podem ati ngir a humanidade. A mulher- apóstolo - A instrução, que a Irmã re parte nas missões, não é só um mei o poderoso pa ra eleva r moralmente a mulhe r pagã, . tão pouco estimada naquelas ter ras e ge ral– mente deixada na igno rância, mas é também um meio eficaz para a p e netr ação cri s tã nas massas dos infleis. N a ve rd ade , contam-se aos milh.ares as raparigas, na sua maioria pagãs, que rece bem a instrução nas escolas dirigid as pelas Irmãs ; é impossível que el as não sintam o saluta r influ xo da Religião qu e se respira nessas mesmas escolas. O s germens da Fé, in s– ti lados com a inst rução e a educação, ca indo em bom terreno e sendo secundados pela graça de Deus, produzem, muita s vezes, conso lado. res fr utos de co nversão. Depois, na obra de propaga nda estrita– mente religiosa, a missão da Irmã não tem um campo determi nado e específi co. Mas pode dizer-se que tôda a ac tividade desenvolvida pe la Irmã, nas obras de carida de e de instrução, é constantemente dirigida para um fi m religioso. A máxima é esta : trata dos corpos para ga nhar os corações, para conq uistar as almas . • Além disso, a caridade, os exemplos de abnegação, a vida virtuosa destas santas vir– gens são de uma eficácia surpreendente e têm um encan.to a que não pode resistir nem mesmo o mais abjecto dos seres humanos. e' uma prédica constante esta caridade desinteressada até ao sacrifício, esta vida ' que 20 J. f. C. B. Belém-Pará-Brasil , , tem algo de sobrehumano! Fere os olhos, pe– netra os corações, conquista-os e, com a graça do Senhor, leva-os à verdade. "O exemplo des– tas humildes heroínas cristãs é, por isso, a mais convincente apologia da Igreja Católica . Em todos os países de missão a Irmã é a que me:.. lhor pode preparar o caminho ao ~vangelho". CAPITU LO lll O efecfivo do exército combatente e o sêu recrufomenfo O NÚMERO DOS COMBATENTES Quantos são os missionários - Antes de mais nada convem dizer que, em matéria de estatística , a exactidão matemática é mais para desej ar do que para realizar. Na verdade temos vári as estatísticas de missionários com va riantes muito sensíveis. Nós vamos dar a do Guida delle missioni cattoliche, cujos - números se re– ferem a Dezembro de 1934. Segundo esta estatística os sacerdotes mis– sionários europeus, empregados nas várias mis– sões entre os infleis, sobem a cêrca de 12.664. Os sacerdotes indígenas dão um total de 5.384. As regiões que · têm maior número de padres indígenas são aquelas onde o Cris– tianismo en tr o_u há mais tempo, como, por exemplo , a China que tem 1.559, a Indochina que tem 1.21 4, e as Índias (com Ceilão) que contam 1.1 8 1. Na China estão confiados ao clero indígena 10 Vicari atos e 6 P refeituras, e na f ndia há I Arquidiocese e 4 Dioceses governa– das pelo clero indígena. Somando o número dos sace rdotes europeus com o dos padres in– dígenas temos um total de 18.048. Evidente desproporção . - Admitamos po– rém que es tas cifras estão aquém da realidade. Arredondemos os números e admitamos que há 20.000 mi ssionários. E' esta urna bela fa– lange de heróis, não há dúvida nenhuma , já é um bom exército. Mas que são 20.000 solda– dos es palh ados em pequenos núcl eos de 20, 15 e até de menos, numa vasta frente , que é 0 mund o in re iro, com a tarefa de conquistar um reino, o imenso domíni o de Sa tanás, que conta com mais de um bi li ão e tre zentos milhões de homens? ( Continu 1 no próximo número)

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