Quero - 1940

19 J. f. C. B. Belém- Pará-Brasil LEITURAS MISSIONÁRIAS ... ►-1-◄ .... 1111 TODOS APÓSTOLOSI . (Continuação) Se não fôsse o catequista , quantos milha– res de meninos não teriam fechad as as portas do paraíso! Quantas aldeias , convertidas de fresco , não perderiam as vaf?tagens da sua con– versão se, por intermédio do catequista, não fôssem vigiadas, confirmadas na fé, protegidas, defendidas contra as insídias dos semea dores da cizâ ni a, contra os perigos da apostasia! A IRMÃ MISSIONÁRIA Espectáculo sublime-Se a irmã religiosa em 1geral é a · ex pressão mais alta dos ma is puros idea is e das mais sublimes virtudes da Retigi ão de Cristo, a Irmã Mi ssion ári a é a mais alta sublimação dêstes ideais e des tas virtudes. A mais reful gente coroa de heroí smo cinge a fronte destas fra cas cri aturas, destas virgen s que, na mais perfeita imolação de si mesmas, se con sagram à mais santa das causas, ao apos– tolado entre os infiieis, renunci ando não só às comodidades da vida, mas também ao sossêgo pos da nacionalidade brasílica, a pr_ep_araçã? de ~ en(ali – dades para a organi zação da Nova Pa tri a, pois os iesu1tas, mesmo estrangeiros pe lo bêrço, todos ê les, sabem _cum– prir com as Regras estabe lecidas por Santo ! gnac10,. as qu ais exigem de seus fil hos o amo r, a_ adaptaç~o e a s1_n– cera comunh ão de ideas com a naçao a CUJO proveito consagram o se u zê lo. *** O s jesu ítas ·foram os pri ncipais e lemen_tos na crea- ção da nacio nalidade, em todos os seus mov1~1e ntos, até à expa nsão do Bras il Ma ior - que sempre sera o orgu lho do ve lh o Portuga l q ue o descobri u, colonizou e ,defendeu n 0s horas amargas de dominações estranhas. . . Mas não só no Bras il , na América, os Jesu1t11s lançaram a boa semen te, mas, também, n? Paragua y e no Ca nadá. Foi do Brasi l, é certo, que partiram no ano ~e 1590, para êstes dois países, os Padres da r:ompanh1a, afim de desbravarem a terra e a gente, devassa ndo todos êsses territórios, fundando cid ades, educando os colono amansando os bárbaros e difundindo a cul tura intelectual. * * * Comemorando-se, agora, o Quarto Centenário de Pe. Guilherme MENCAGLIA 11111 tra nquilo do cl austro , abandonando os pare ntes e a pálri a, a frontando arreli as, pri vações e pe– rigos , inteirame nte entregues a uma vid a fe it a de abnegação e de heroí smo. O espectácul o qu e oferece a Irmã mi ssioná– ria impõe-se à admiração até dos não católicos. Que sentime ntos de admi ração e de encantos -não suscita el a na alma do pagão acostu mado a ter um concei to tão baixo, tão a bje cto da mulher! Que sentimentos de res peito não deve el a causar, num infi e l, para com um a doutrina q_ue el eva de tal modo a mulh er, que a asso– cia . ao home f!l _nas mais nobre s fun ções e nos mais altos mini s térios, para com uma Religião . que não só to rn a possível, mas que consagra, n~ mulher, duas virtud es que o mundo pagão nao conhece nem s iquer de nome, - a virgi n– dade na sua mais alta ex pressão, e a ca ri dade para com o próx imo le vada até ao hero ísmo ! Anjo de caridade - Na verd ade, é ime n– samente benéfica a mi ssão dã Irmã no ca mpo do apos tolado. A sua obra, complemen to da fundação da C ompan h ia de J !;!sus, esperam-se, em nossa terra, gra ndes ma n ifestações de simpatia - que ao mesmo tempo sejam de reconhecimento e d~ louvor à obra de 'todos os fil hos de Sa nto lgnacio de Loyo la - aos que, através dêsses quatro séc ul os, têm honrado a rou pêta da Companhia, conti nua d ores do amor e do zê lo apostó lico que abrazava o gra nde coração do seu Santo Fundador pelo Brasi l. ' E muito grato é, ao coração dos brasi lei ros, o ter já a Santa Sé recon h ecido as virtudes dos jesuitas que tanto trabalharam pelo Brasil : o Pe. José de Anchieta Pe. _lgn ac io de Azevedo _e de seus trinta e nove compa~ nheiros - este, que aq ui tombou ao cabo de uma vida de sac,ifícios, os outros, que morreram à mãos dos inimi– gos de Cristo, quand o a serviço do Brasil. A glorificação da Companhia de Jesus é a glorifi– cação dos seus filhos ligados à H isló ria do Brasil, que em letras de ouro regi Irou em suas páginas nomes como o de Nóbrega, Anchieta, Ignacio de Azevedo António Vieira e outros. ' • Rio de Ja11eiro Agosto de 1940.

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