Quero - 1940

J. F. C. B. 18 Belém-Pará- Bras il D A UNIÃO B RASILEIRA DE I MPRENSA RECEBEMOS O TRABALHO, ABAIXO TRANSCRITO, COM ESTAS PALAVRAS: "Pedimos a remessa de 3 exemplares da edição em que publicarem o serviço anexo, cujo . COPYRIGJ-rr lhe cedemos para essa cidade, dirigidos a U. B. !., Caixa Postal 2445. RIO". COM PRAZER, ESTAMPAMO LO EM NOSSA REVIST A, AGRADECl!NDO A DISTINÇÃO. NO próximo dia 27 de Setembro cie 1940, comemora-se o centenário quatro vezes se cu Ia r da fund ação da Companhia de Jesus. Fundada por In igo, que, de ilustre família basca , nasceu na noite de Natal de 149 1, n o so lar dos Loyolas, perto de Azpéitia, ao extremo noroeste da Península Ibé– rica, na Província de Gui– púscuoa, perto da fronteira franco - espa nh o l a, nos quatro séculos de sua vida, os seus tra balhos no Brasil - outrora como hoje - são beneméritos e grandiosos. tivesse fornecido para a colonização do Brasil - di z o ci– tado educador na s ua obra "J esuítas no Brasil". São Paulo, 1925" - mais que a s ua influência profissional, isto é, a própri a, a sua, a que lh e pertence, como Ordem Religiosa que professa um ministério apostólico pela catequese, pela morigeração e pela be ne ficê ncia, teria preenchido a sua N NDIA s 1' missão, e a História deve– ri a já louvar-lhe a eficác ia na formação de um povo e de uma nova nação. Depois do ano de 1546, o jovem fida lgo es– panhol passou a assinar-se lgn acio, e com êsse nome deu início aos trabalhos da Companhia de Jesus, qu e muito quis e amou a terra nova e desconhecida de M. Mesquita dos SANTOS, da A. J. C. Nóbrega, qu e chegou ao Bra:;i l a 29 de Março de 1549, e Anchieta, que aqui desembarcou em 13 de Ju– lho de 1553, foram os pio– neiros que palmilh a ram todo o território nacional nos seus constantes traba- Copyright da U. B. /. (~ spP-cin l Santa Cruz para onde vieram alguns dos seus melhores filhos, logo 'que êste grande pais começo u a se desenvolve_r. E aqu i tiveram, no dizer do Revdmo. Pe. Lu1s Gonzaga Cabra l, S. J. - saudoso jesuíta português que na Baia durante muito$ anos trabalhou em prol da prepara– ção intelectual de varias gerações brasi leiras - "trls gé– neros de influência na obra gigantesca da Colonização Por~uguêsa em terras de Sa nta Cru z: a influ ência pro – fissional a influência soc ial e a influência nacional. Acção Social, fo rmando a mentali dade do povo pelo ensino, temperando-lhe o car~cte_r P:la educação e orien – tando-lhe o progresso, pela c1vil1zaçao. Acção Nacional, mantendo a fidelidade ao nacio– nal ismo dos colonizadores e ao m esmo tempo propu– gnando pelos di reitos do naciona li smo dos colonizados, preparando, assim, co~1 s~g ur a n ça natural, uma _nova Pátria cont o seu nac1onal1smo proprio, forte de umdade e esplêndida de pujança. Acção Profissiona l na pt eparação das classe~ que se agrupam na tríade : clero, nobreza e povo. Da mesma forma, se a. Companhia de Jes us não ridade que me vai nalma, procurando conqu i s– ta-las para a Acção Católica. Se falei com tanto -desprêzo do ca rna va l, é porque ten ho hoje a fe li cidade de reconhecer todo o seu mal, e procu rei demons t ra -l o a vós, para que, como eu, renuncieis ~ êle também . Mas, se gostais ainda, corno eu gos tava dêsse divertimento, continuai a vossa vida como sempre, e que isto não seja o obstácu l o de virdes até a A. C. como s impatizantes ou es– tagiárias, sem vos obrigardes a nenhuma das pro'ibições, a que se obrigam as sócias efectiva~. Vinde reconhecer o que é a A. C. e rece– ber a formação que p-~ocura tornar recto o nosso • p ara " que.no " ) lhos nos núcleos qu e os Padres da Companhia foram estabelecendo desde os pri– meiros anos da colon ização do Bras il, através de todo o pais . Principalmente o segundo, José de Anchieta, a qu em a Santa Sé dará breve as honras dos altates, deve ser relembrado nesta data memorativa. O Padre José de Anchi eta foi o creador da li tera– tura brasileira, o seu primeiro poeta e o se u primeiro tea trólogo - ve rdadeiro fundador do lirismo e do teatro nacional. Em pleno século XVI, Anchieta escreveu uma " Hi stória Natural do Brasi l", editada somente em 1812 pela Academia Real de Cienciàs c'e Lis boa. Êste jesuíta, a quem se deve, entre outras obras, a "Arte da língua mais usada na costa do Brasi l" e, em latim, a " Ars Gram– m~ti a ,,1in_gu~ brasili cre" e o_ '_' Di ction1ri um lingure bra– s1 h cre , e ainda autor de varios autos e mistérios e de formosos versos, den!rf! os quais se desta·ca O famoso " Poema da Virgem". - Pode-se lambem cons idera r Anchieta como um do5 mai s indi sc utíveis fundadores do Brasil, e aos s~us irmãos de hábito coube, na fo rm~ção das elites dirigentes do país, nas e co las da Com panh1R de J esus, nos primeiros tem- caracter, nossa conciência, nossa personalidade e, sobretudo, n?ssa alma, torn ando-nos moças modernas perfeitas, capazes de enfrentar e ven– cer todos os peri gos da_ nossa época, e lutar pe la restauração da soc1edad~ e da mocidade de nossa terr a, que, corno em tôda parte atra– vessa a crise do desmoronamen to da s \ d éas nobres, elevadas e certas da mora l cristã - a úni ca que pode es tabe lecer a paz na familia e na socíedade. Podereis escolher o dia de reüni ão que mais vos convier, e se quiserdes algum outro escla·rec imento podereis procurar pel os telefo– nes 461 e 430 a de legada ji cista MA R IA LEONOR H ESKETH

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