Quero - 1940

11 J. f. C. B. Belém- Pará-Brasil OMEM!· f r u t o s. E' certo que a culpa origi– nal juntou ao tra– balho uma punição, ©e "0s cristãos e o mundo": mas - como es– creve L eã o X li I : sou a mesma, quasi sempre : para ganhar di– nheiro. Em face desta afirmativa, temos dé con_fessar que se, de facto, em nos– sos dias, devido a diversas crises, esta interpretação acabou por . dominar em g~ande parte, - e até on·de i~to nos le– vará?! - é preciso dizer, contudo, que o trabalho não tem por fim prinçipal a riqueza que pode l'esultar do trabalho, nem mesmo oacesso auma condição superior enova,_ que te– ria, nesse caso, o seu ponto de apoio sôbre a própria riqueza. O fim do tra– balho é, ao mesmo tempo, muito mais simples e muito mais grandioso 1 l rabalhamos porque somos homens e que o trabalho acompanha o homem. _ Quando Deus creou o homem, no pr_in c í_pi o do mundo, deu-lhe a terra para que a cultivasse e vivesse dos seus "No que diz res- peito ao trabalho corporal, o homem, mesmo no estado -de inocência, não estava destinado a viver na ociosidade.'' Há uma grande finalidade no tra– balho que é inerente à natureza; fina– lidade que consiste "em exercer a sua a tividad para a dqui r ir qu ' pr - ciso às diversas necessidades da vida, mas, sobretudo, para manter a própria vida ." Insepa-r avel, pela creação di– vina da natureza humana, o trabalho ' 1 é o me i o prov i de n c i a l que permite a cada um manter a sua subsistên– cia e a daque les de que está encarre– gado, meio de garantir, a si, e aos seus as condições de uma vida plena– mente humana. Só colocado neste plano, o traba– lho reve st e uma dignidade eminente que decorre 9-a própria dignidade daquele que desempenha uma tarefa . . .

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