Quero - 1940
16 J . f. C. B . Belem-Pará- Brasil LEITURAS MISSIONÁRIAS ... ► 1◄ 1111 TODOS APÓSTOLOS! (Continuação) Quando um Vicariato tomou um tal de– senvolvimento, atendendo às obras missionárias ou aos numerosos núcleos de cristãos, que dê uma certa esperança de estabilidade e possua o clero indígena suficiente para aí estabelecer a hierarquia eclesiástica, a Santa Sé, quando o julgar oportuno, pode eleva-lo à dignidade de Diocese, mancendo-o embora sob a jurisdição da Propaganda, como, por exemplo, acontece na lndia ou no Japão. Neste caso também pode haver grupos de dioceses que formem as cha- · madas P'rovíncias Eclesiásticas. A Propaganda costuma também enviar para algumas terras de missão Delegados Apos– tólicos, com o fim de se pôr em contacto di– recto com as longínquas missões, de tratar dos negócios mais importantes que possam aparecer, e facilitar assim a tarefa dos missionários. Os Delegados dependentes da Propaganda são actualmen.te 9 : l , com sede em Mambaça ( Africa ), para tôdas as colónias britânicas não sujeitas a outras Delegações Apostólicas, 1 na Africa Meridional, 1 na Albânia, 1 na Austrália , 1 na China, 1 no Congo Belga, l nas lndias Orientais, 1 na In– dochina e I no Japão. A Propaganda tem nas suas dependencias: 1 Partriacado, 28 Arquidioc~ses, 72 Dioceses, 4 Abadias, 261 Vicariatos, 101 Prefeituras Apos– tólicas, 29 Missões e 2 Distritos Eclesiásticos. (Em 1934) E' êste o vasto campo de batalha, onde combatem vários grupos de heróis, sob a guia dos seus chefes, que. por sua vez, recebem as ordens do Quartel General : a Sagrada Con– gregação da Propaganda Fide. Pe. Guilherme MENCAGLIA HIii CAPITULO li NAS _PRIME.IRAS LINHAS O Herói.-0 exército de que a Igreja se serve para · as suas conquistas entre os infleis , é formado por volun tários que se oferecem es– pontaneamente e que, por isso mesmo, dão a maior garantia de possuírem um grande espí– rito de sacrifício, uma coragem a tôda a prova para af~ontar os _incómodos e os perigos, e a genero~1dade suficien te para dar a vida se ne– cessário for, pela causa que ser vem. ' E o Missíonário, que neste exército é o c~ombat~nt~ da pri~e_ir_a linha, ~edica-se por · toda a vida a sa nta m1ltc1a, e, para ir ao campo de batalha, renu ncia generosamente à família e à pátria, a tôdas aquelas comodidades que a vida licitamente pode oferecer, mesmo a um sa– cerdote, nos países civilizados : parte todos os laç0s que o ligam à pátria, todos os vínculos que o ligam às pe~~oas caras; leva consigo, é verdade, no sanuiano do seu coração, um riço t~zouro de afectos e _de recordações, mas deve viver longe dos queridos rostos dos pais a quem não poderá dar o último beijo quando êles dei– xarem êste mundo. Determinando-se a viver no _mei_? de gente que não conhece, que tem asp1raçoes, usos e costumes diversos do~ seus que, se não o odeia, fica muitas vezes indife~ rente às provas do seu amor, dá sinal de ab – negação; com submeter-se a privações e a in– cómodos, a que não está acostumado e áfron– tar os perigos de climas perniciosos: de feras bravos, de doenças, de morte prematura e às vezes violenta, claramente mostra estar pos– suido duma coragem heroica. Emprega-se com excessiva facilidade 0
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