Quero - 1940

J. f. C. B .· Bel em-Pará- Br~sil ~ ............... ~ ....... - - - -........-~---~--- ✓- ..... Caríssimas m_i I itantes jàcistas · S E lestes a "QUERO" de abril p. p., vistes o es– crito, em que alguern diz que o amor "é o encontro de duas almas que se procuram, que se aperfei– çoam, pela fusão em urna só; é a penetração de duas vontades que se tornam urna, fortifi– cando-se mutuamente; é o íman que liga em Deus duas vidas, duas inteligências, duas von– tades, duas ternuras, destinadas a se consola– rem e a se aperfeiçoarém, atravez da vida, como duas heras que se cruzam sôbre um velho carvalho." Reparai bem: "o encontro de duas almas, que se procuram, que se aperfeiçoam, pl'la iusão em uma só." Isto, tratando-se do amor conjugal. E, em se tratando do nosso ideal, o que podemos dizer? Podemos e devemos di– zer, que o amor de uma jocista é o encontro de sua alma com a da companheira que ela vai procurar; é o seu próprio aperfeiçoamento cada vez maior, afim de dar bom exempl~ àquela que quere conquistar; fazer o que nos disse o Assistente Eclesiástico, no nosso sau– doso retiro: dar-se, comunicar-se. A jbcista deve fazer tudo pela sua com– panheira , deve, por assim dizer, esquecer-se de sua pessoa, para pensar somente na alma de sua irmã, em Cristo. Se Deus nos prendou com um po-uco mais de instrução, de recursos, de educação que as nossas irmãs das fábricas , não pen– semos por isso q~e som os mais que elas, que merecemos mais perante Deus. Não. De- vemos, ao contrário, agradecer ao bom P ai do céu por nos ter concedido êstes favores sem merecimento a Ig um de nossa parte, e pro– curar suavizar-lhes a sorte, levando- lhes, so– bretudo a fé e se possível, um pouco da– quilo c~m que 'Nosso Senbor nos presenteou, ensinando-lhes a ler, a escrever, trabalhos ma– nuais, etc. Êste é que deve ser o verdadeiro amo r e ideal" de uma militante jocista. Sabeis agora, boas companheiras, qual o motivo de eu vos . dedicar estas linhas, que nada têm de literatura, mas que expressam since.ramente o grande amor qu~ te1~ho pela nossa Joc? Certamente, não, ~01s foi por ter visto uma moca da A. C. humilhar, na frente de outras, uma pobre operári~, fazen~o-lhe ver que não eram do mesmo n1vel social. Isto, caras cornpanileiras, é ,degradan te, sobretudo para urna moça que se piz conquis– tadora de almas, que diz querer recristianizar o meio proletário. Não foi essa a doutrina que N. Senhor nos legou, e sim: AMAI-VOS UNS AOS OUTROS". Agindo daquete modo, por– tanto, estais fora dos ensinamentos de Cristo. Pergunto-vos agora: se aquela operária ainda não foi conquistada pa~a onosso meio, po– derá ainda sê-lo? Na minha opinião, não. So– mente uma graça especial fa -la - llá esquecer isto. Pensará certamente que na A C. há divergência de castas e, vendo que a trataram com tanto des~

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