Quero - 1940

ue o 17 J . f. C . B. Belem-Pará- Brasil PAULO, PRIMEIRO HERÓI DA ACCÃO CATÓLICA o (CONTINUAÇÃO ) 9lomo Cl)ei - O varão de Deus 2 ) Anda r no espí rito-As exigências vão mais longe. Exclui q u a I q u er egoismo. "A ni nguem pedí ouro, nem prata , nem vestes" . (Act. 20 33) P elo con trá ri o, se fo r necessário, devemos saber sacrificar tudo por amo r de Deus. "T enho tudo em conta de li xo, afi m de ga nh ar a Cristo." (Ef. 3 8 ) Afi nal nem precisamos de nada, porq ue q u e r em o s exclusivamente viver por Deus. "Meus irmãos , rogo- vos pela misericórd ia de Deus que ofereçai s vosso corpo em ho locaus to vivo, santo e agradave l a Deus-afim de re– conhecerdes qual seja a vontade de Deus, o. que seja bom, agradavel e perfeito. (Rom. 12 1 ) Assi m era a vida de S. Paulo, sacrifíc io perfeito. Tôda essa afanos a vida pas sa-se em cump rir a santís sima von tade de Deus hora por hora! O mages toso temp lo com todos os seus sacrifícios eclipsa-se diante de tão ra– diante beleza espiritúal ! 3) And ar no espírito-Há mais um passo que fa zer. Pau lo o fez e qu em de nós te rá co– ragem de imita- lo ? Pau lo perdeu-se em Deus, e faz a mesma proposta aos seus caros com– panheiros de jornada. "Tu, porém, varão de De us .. . aspira à piedade!" ( 1 T im. 5 11). O que em último ins tante nos vale o nos so tí– tu lo de homem de Deus, não é o nosso zêlo, senão a nossa in timidade com Deus . " A nossa pátria é no ceu" ( Fi l. 3 20 ). E' precisamente essa di sposição que o torna crêdor da con fia nça do povo. O que co– move os corações dos fie is não é a ciênci a ou a obra social do sacerdote e do após tolo leigo, é a sua amizade com Deus, que necessariamente se tradu z em amizade com os semelhant es. Aqui temos também a razão do resul– tad o dos seus trabalhos - O que vemos no an ti go T estamen to? Os profetas, muitas ve– zes homens sem cultura, exerciam in fl uência ~ muito maior sôbre o levantament o religioso das massas do que os sacerdotes e os dou– tores . Eram a sua san tid ade e in t im idad e com Deus que arrebatavam as almas. Dou– tores e sacerdotes, muitas vezes, explicavam as sagradas escritu ra s por cos tume e por obrigação; e nas f un çõe s do temp lo, em– bora gera lmente exa ctos, agiam mais por sen– timento de dever do que po r impulso de co– ração. Para os profetas, pelo contrá rio, o ser– vi ço de Deus era coisa espontânea, nascida do seu amor para com Deus. An tes de pre– garem êles pra ticavam a religião, viviam-na . 'Êles a tinham conquistado com grand es sa– crifícios . A pa lavra de Deus queimava- lhes na alma, e desta forna lha viva saía para o mundo. Não admira, pois, que inflamasse os corações ! A simples palavra dum cura de Ars ar– rebatava os corações, porque saía dum cora– ção em brasas. Era tão diferente das fr ias pa– lav ras de oportunidade ! Quem jama is calcu– lará o bem que fa z a palav ra despreten ci os a duma alma recta, pronunc iada por amor de Deus e do próximo?! Os sábios com as suas e x pl a naçõ es científi cas escla receram o mundo, os apósto– los o converteram. O grande Lacorda ire, al iá s eminentemente homem de Deus , ava li a ndo o seu próprio talento oratório , di sse com grande humildade: " ua ndo eu prego, os ouv intes trepam sôbre os confessionários, mas quando prega o cura de Ars êles en tram." 4 ) Escolh ido por Deus e zelando a causa de Deus, o apóstolo tudo pode esp e rar de Deus . "Quem ama a Deus é conheci do d'Êle ". ( 1 Cor. 8 3 ) . Que cons olação ! Deus conhese meu_, traba lhos e penas, sacrifí cios e sofri– mentos ! "Ao anjo da Igreja . .. esc reve: ... Co– nheço as tuas obras, os teus trabalhos , a tua paciência; sei que não toleras os maus ... ". ( Ap. 2 1 ). " Quem dêste modo serve a Cristo é agradave l a Deus e estimado dos homens". ( Rom . 14 18 ). Certos de agradar a Deus, que certeza jubilosa! Não há maior recompensa para tôdas as dificuldades. Tornar-nos agra-

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