Quero - 1940

em C rotoy, lugar onde J oana d'Arc permane cera prisioneira dos ingleses, nasceu Marta de Noaillat, -apóstola ar– dente do Cristo Re i. Tal a Marta do Evangelho, essa outra Marta passou a vida numa doação espon– tânea de tõdas as suas energias ao serviço do Deus que ela queria fôsse o "Deus amado Deus servido, Deus reconhecido , Soberano, Rei do universo, pelos indi– víduos, pela sociedade." Com admiravel desapego dizia: "Que importa se mor– rermos no trabalho? Deus suscitará ou– tros para acabar o que nós começámos.'' O característico daquela alma era "a fôrça no amor, a fôrça no querer, a fôrça no ascetismo da vida interior.'' E, assim, o que mais nos enternece nessa vida ardente, é o amor maravilhoso que a animava "para melhor e para mais." Como apóstola, é na união íntima com Deus, pela oração, pela contemplação, missa e comunhão diárias, meditações prolongadas, retiros mensais, austeridades admiraveis que ela se apoia para ·o tra– balho constante de renovação e salvação. Quando se refere às grandes cidades diz: "As almas são as mesmas, em tôda parte, mas quando são encontradas na miséria das grandes cidades, sente-se por elas amor tão terno, que deve ser 16 J. f . C. B. Balem-Pará-Brasil o Cristo que as ama assim em nós." E num arroubo de amor intenso dedicara-se especialmente à instituição da festa de Cristo Rei. Sem desânimos, durante seis anos, trabalhou em prol dessa idéa com tanto ardor e genero– sidade até que depois de muitas lutas, sacrifícios sem conta, consegue adesões de carde ais, de 779 bispos, Colégio Angélico dos Padres Dominicanos, Aba d e s Beneditinos, Organiza ;ões da A. C. e grande número de associações religiosas, e, ante todo esse esfõrço so– brehumano, eis que Sua Santidade, o Papa Pio XI , no dia 31 de dezembro de 1925, encerrando o jubileu univer– sal, faz ressoar no Vaticano para todo o mundo a aclamação de Jesus Cristo Rei. E, Marta Noaillat - a apóstola de Cristo, Soberano Senhor - assiste na ba– sílica de S. Pedro ao triunfo do Rei Divino, exclamando: "Estou tão feliz que não o tento dizer.'' "Parece-me que che– guei ao mais belo dia de minha vida." Essa mulher, que era cultura, inte– ligência, fôrça de vontade, era tôda do Rei Jesus, a quem se consagrara inteira– mente e, tendo "feito tudo pelo Cristo", "o Cristo se dignou fazer tudo por ela''.

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