Quero - 1940

~ ~ o 13 J. F. e. B. Belem-Pará-Brasil o ♦ J$E ~F Juven!U~e Eslnílanlina ♦ ♦ ~ Católica Femi nin a -♦ Ga palavra caracter vem do grego– eu gravo-e significa, etimologi– camente, o sinal, a marca es pe- cial que distingue uma cousa de outra. Significa ainda as qua lidades de uma pessoa, que constituem a sua ma– neira própria de sentir e reagir. .Cada um de nós tem o seu ca– racter; resulta das suas pai xões, da sua feição de espírito, dos seus gôstos, das suas tendências inatas, dos seus hábitos adquiridos. -♦ Mas, a inda que cada ho~em possua o seu caracter, nem todos têm caracter, isto é, nem to dos possuem a energia de vontade, a coragem, a rectidão de princípios qu e tornam uma personalidade inconfundí ve l. Kant diz com razão: Ter cara cter é pos– suir esta qualidade da vontade pela ·qual nos prendemos a determinados princípios práticos, invariavelmente estabelecidos. Se tomarmos a palavra ca r act e r neste s entido e observarmos o que se passa en tre a s nossas companheiras de turma, verem os que de muito poucas poderemos dize r que o têm. Muitas deixam-se a n d ar ao sabor do memen to, são arrastadas pela co rr nte, s em coragem pa ra reagir. Deixam-se governar pelo sent imento, pelo coração. pela s fugit iva s im– pressões exte riores a que não sabem resistir. Ou tras confundem vontade com a teimosia e julgam que marcam a sua pe r sonalidade q uand o se recusam a obedecer a tôd a le i e sacod em todo o con st rangimen to. Ter carac ter s upõe ter a vontade sub– metida a certos princípios estabelecidos e acei– tes ; supõe a inda a concordância dêsses princí– pi os com as normas traçadas pela moral. Já sa– bemos de onde nos vêm as regras que devem orientar a nossa conduta; a sua origem divina justifica e torna possivel a nossa obediência. A rebelião contra qualquer dêsses prin– cípios , que aparece como uma afirmação de •

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