Quero - 1940

m ILITANTE, estamos organizan?o a Jic. Até agora, só sabes que ela e, po rque aprendeste nos círculos de estudo, a secção da Juventude Fem ini_na, que visa recristianizar o meio em que vivem as moças da nossa sociedade. A Joc e a Jec já passa ram da teoria à prática e obtiveram resultados consoladores . E' o jàcismo que possu i maior atracção. para uma "apóstola". E' admiravel a generosidade das dirige·ntes que se dedicam inteiramente ao meio operário, onde encontram um campo imenso de apostolado. Mas, eis que se nos depara outra imensa seara : a sociedade. Comparando o jocismo com • O 11c1smo não se sabe qual é o mais difícil. Num se en– contra , muitas vezes, uma deficiente cultur~, mas, a seu lado, a humildade que tanto faci– lita a conquista. Noutro, o liberalismo, a par, felizmente, da instrução - arma poderosa para a compreensão da verdade. Militante jàcista, o teu traba lho e o fruto, que tens tirado dele, é para nós, que agora começamos, uma grande fôrça. Iremos encon– trar, talvez, mais obstáculos do que tu. As no~::;as irmãs operárias são bem mais con– quistaveis do que as nossas moças de sal~o. Se uma atenção amiga, um agrado rnatenal, uma festinha simples, uma aula de costura, te facilita a conquista dessas jovens, dando– -te oportunidade de lhes transmitires a for– mação de conciência, do caracter, as ver_da– des da religião, de torna-las, enfim, verdadeiras mulheres, em nossa sociedade precisamos de 12 J. f. C. B. Belem-Pará-Brasil usar outras armas bem diferentes e mais di– ficu ltosas, talvez. Cara militante, que já te entregaste à Jic, e tu, que ainda pretendes te dedicar ao ji– cismo, precisas saber que necessitamos de mo– ças que conheçam verdadeiramente o meio. Aquelas que não frequentam a sociedade pre– cisam ser dotadas de mui to boa vontade e procurar compreender com generosidade o que pensa e sente uma joven dessa classe. Maior fruto dará aquela que viveu ou vive a'inda neste meio, porque a lógica nos diz que só se compreendt aquilo que se sente. Companheira .de apostolado, se encon– tras em ti o que é necessário a uma jicista, deixa a outras o meio operário e estudan te e vem a nós. Cada uma dar'á maior resultado se trabalha r no campo que mais conhece ou a que, pelo menos, tem mais amor. A messe é grande. . . e somos poucas as operárias. Mas, coragem e venceremos! Vamos penetrar na sociedade belemense. Fa– zer vir à flor desses corações juven is, cober– tos de vai dade , sufocados pela frivolidade, o tezouro qu e nê les se en cerra. Não te assustes, moça da sociedade, qu e, acaso, lês estas linhas. Não penses que ten– cionamos arrancar-te às festas, praias, bici– cletas ... Não, o nosso ideal é outro. Quere– mos plasma r a tua personalidade, para não ires arrastada por tôdas as nov idades ridícu– las, porque "fulana faz" . . . Que remos ensi- ( Conclui na página 19)

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