Quero - 1940

, 6 J. f . C . B . Belem- Pará-Brasil Para formar os tecidos, elaborar a seiva, o perfume e a côr, tem a planta de fi car muito tempo exposta ao sol; no fim de contas, ela não é mais que luz transformada: assim a alma activa não é senão pensamento que se transformcl em obras e essa alma não será recta a não ser que, directa ou indirectamente, absorva a sua luz do divino Sol. Se fixamos o pensamento num alvo central - e com maior razão no Centro Universal - vemos escaparem-se irradiações, ondas, que se vão alargando e for– mam um si s tem a coerente, onde o pensamento se e nri que c e e orienta. E' o meio da vida tomar posse de si , apegando-se ao que a domina, a envolve e lhe dita as leis. Todos pensam; mas muitos não pensam nunca em voltar atraz sôbre o mesmo pensamento para controla-lo, ordena-lo, corrigi-lo, se necessário, e, pene– trando até o imo da alma, ouvir aí o rumor da nascente. No entanto, a Natureza, a Divindade, a Humanidade individual e a Humanidade cole c tiva fazem ouvir ali os seus écos. Quem pensa nisso ou faz ao menos tenções de pensar? Sob o pretexto "de acção", esquecêmo-nos do significado ''da acção", como aquele viajante de Marco Aurélio que esqueceu, em caminho, para onde se dirigia. Se procurarmos um princípio director, que pode até servir às vezes de freio e serve sempre de guia, teremos dado a uma vida contemplativa a fórmula e a expresssão de que necessita, para ser sábia. A.e .,•ão Uatóliea? Desde os tempos das Cruzadas, nunca se viu um surto de entusiasmo cristão, que tenha assim levan– tado os corações.-CARDIAL VERDIER

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