Quero - 1940
1 • J ESUS CRISTO é o traço de união e ntre Deus e o ho– mem, o divino liame entre o ceu e a terra . O amor de Cristo, a estrada que nos conduz para a Deus e que nos prenàe ao ceu. Essa é a fei ção mais característica do cristianismo : o amor. N em uma outra é tão conhecida, apregoada e amada. Os santos P adres, os Santos e os sacerdotes , disseram e dizem ta nto da misericórdia e do amor .infinito de Deus, que chega ram a desconcertar o homem, que a nem uma nem ou tra coisa é mais ingrato que a êsse amor. Ingrato a êsse p oss a n te amor di– vino que, por assim di zer, movimentou Deus para o homem. Senão lembremos a criação , a incarnação do Verbo e a re– denção humana. Amor! amor ! amor! bra– dam êsses três actos divinos. E se ma is e melhor observarmos, na sua mesma jus– tiça, lá veremos o sinete da sua miseri– córdia e do seu amor infi nitos. Dele nos veio e nos vem tudo, como da sua pró– pria fon te e origem, como do sol nos vem a luz . . . Para o apóstolo, como para o cristão, o amor divino é o manancial de tôdas as graças, o grande ocea no do nde ramificam rios de luz e de glória, de fôrça e de fe– li cidade. E' lá, também, a fo nte do bom e fecundo apostol ado. A huma ni dade , hoje, mais do que ontem, revolta-se contra Deus, nega-O blas fema-O, foge-Lhe. Daí os desac.tres e decadência dos povos, as imperfeições da sociedade, da família e da civili z:;ição, re– trocedendo tudo vertiginosamente ao pa– ganismo . E' doloroso contemplar o ho– mem mergulhado nas brumas espessas do 3 J . f . C . B. Be!em-Pará-Brasil êrro, desorien– t a d o no cá os d a s g r a ndes convulsões so- ciais . Ve de a guerra ! - espalhando cruzes em campos dantes alegres de fl ori nhas, matando cor– pos e almas, dil acera ndo homens e cora– ções. Obra do êrro e da descrença . .. E não haverá uma luz que, como o raio de sol, penetre êsse todo sem se ma– cular e o purifique? - Não é certo que deve ser mão amiga, um coração de após– tolo que, generosamente, pelo sacrifício e pela oração, arranquem a m u l t i d ã o do abismo em que submerge ? Outro não é o objectivo do aposto– lado cristão. E lá na fon te di vina, no ma– rulhar infindo da água viva, lá deve ba– nhar-s~ o apóstolo , lá recrear-se e se for– ta lecer; para o afano do momentoso traba– lho e prazer da oração. Quando , uma vez, Moisés bateu com seu bastão numa pedra e dela jorrou água, dessedentaram-se milhares e milhares de homens , e a água continuou jorrando. Para os Hebreus isso foi um acto de amor di– vino ; para nós, uma fig u ra dêsse amor. O amor de Crist o é a fon te ines– gotave l. E o homem, embora errado e trans– viado da verdade, tem sêde de amor. Des– conhece isso ou engana-se mui tas vezes, mas é ao ideal e amor que aspi ra. Ao apóstol o cabe guia- lo, di zer-lhe das sinuosidades da estrada e dos perigos , e, se preciso, repartir com êle o seu amor. E' por isso que o ap ós t olo deve, não só amar, mas amar mu ito, transbordantemente, para poder faz ê-lo, para difundir o amor de C ri sto : a mais alta e sublime missão do apostolado católico. fllf onso c:fi a
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