Quero - 1940

1.4 J. f. C. B. BELEM - PARÁ ~---~..,...._,......,.....,..._,,_..~•--------~ Nó s, J ' e is tas , e a guerr·a O que pensamos da guerra guerra é para nós, como para tod o homem que pensa, uma calami dade, um fl agelo. E' assim q ue a Igreja também en tende a guerra . T anto as s im, que nas lada inhas de todos os s antos, nós ped imos, ou a Igreja pede com insis tên cia por nós : " Da peste, da ·tome e da gu erra , li vra i- nos , Senhor." Os homens são creaturas de Deus Os homens todos s ão c reat ucas de Deus. Em tod os os homens do m~:ndo Deus gravou uma semelhança divi na , quando os creou. Foi por isso que Êle di sse : ' ' Façamos o homem à nossa imagem e semelha nça." Como é pos– s ivel que crea turas do mesmo Deus v ivam em guerra, em lutas uma com as outras ? Imaginai uma guerra entre tod os os an i– mais. Imaginai uma luta ent re o céu e a terra, entre os rios e o mar, e assim por diante. O mundo não teria mais sossêgo. Seria um ca– taclisma un ive rsal. Imaginai agora os desastres pa ra o mundo quando os homen s , as creaturas mais perfei– tas que Deus fez aqui na terra, vi vem êles s e matando uns aos outros. Os cristãos são todos filhos de Deus E qua ndo os povos que guerreiam são povos cristãos, então a ce1lamidade ainda é maior. Porque todos os cristãos são filhos de Deus, pela graça do baptismo. Se todos os bap– tizados são filhos de Deus, então somos todos irmãos em Nosso Sennor Jeus Cri to, qm· é o Filho unigênito de Deus. Pois beni. Imaginai que desgraça seria, se numa família os irmãos vivessem em guerra, e111 luta uns contra o outros. Como não seria infeliz uma casa, onde houvesse constantes intrigas, invejas, óJ10<;, e onde os irmãos mais fortes qui essem matar e engulir os irmãos mais fracos e menores! Agora imaginai a mfelicidade do mundo quando os cristãos, filhos de Deus, irmãos de k , 11s Cristo e tndoc; irmaos em Jesus Crist0, precisam de guerrear uns aos outros , truci– . , dar- se uns aos outros! Por tudo isso . .. A guerra é uma ca lamidade. Pode ser que às vezes ela seja necessária, mas nem por is so deixa de ser uma ca lamidade e miséria. E os culpados de uma guerra , os provocado– res de guerra, são homens de uma responsa– bilidade tão pesada e tão grande, que nem é bom pensar no rigor da punição que o Deus Justo reserva para êles ! E nós, jõcistas? Nós acompanharemos a guerra aqui de longe. Mas não acompanharemos torcendo inutilmente para a Alemanha ou pa ra os Alia– dos. Nós acompanharemos a guerra com es– pírito mu ito católico . De lado a lado há cris– tãos que lutam un s co ntra os out ros. De lad ó a la do há mi sé rias , há luto, do res, viuvez e orfa ndade ! De lado a lado há almas que so– frem e corações sangrando ! Nós pensaremos em todos êles, e como o Papa quere, nós re– za remos e faremos sacriífci os, pedind o a Deu s que traga aos povos a concórdia e a PAZ ! Há jõcistas no "front'' 1 Nas fronteiras há mui tos jà cistas que es– tão comba tendo. São jovens operá ri os cató– licos que deixaram suas oficinas e fábricas, e trocaram seus ins tr umen tos e máquinas pelo fusil e pela metralha dora. P ensemos neles! Muitos jàcistas têm mor– rido como heróis, dando a sua vida pela p;í~ trià e pelo triunfo da JOC. Aprendamos com êle::; es a lição de sacri fício, e no "fron t" jo– cista de nossas fábricas, combatamos com co– ragem o nosso btim combate. Não será um combate para conquis tar a P olonia, mas será muito maior do que isso. Nas trincheiras de nossas fábricas, nós que– remos reconquista r tôda a moci dade oper,íria pa ra o IDEAL DE REDENÇÃO E DE VIDA que a JOC lhe oferece! (De "Joc' ', órgão mensal de Taubnté)

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